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De coração com Bento XVI
2005-06-26 22:37:19

Paulo João Santos, jornalista, foi o primeiro a escrever sobre o Santo Padre. Uma parceria com Aura Miguel a que chamou ‘Bento XVI – as Escolhas de um Papa’. O livro já chegou às livrarias e outros há que vêm a caminho.

Correio da Manhã – O que leva dois jornalistas a unir-se por um livro sobre o novo Papa? Paulo João Santos – É mais do que um livro sobre Bento XVI. É o retrato de um momento único na história da Igreja Católica: a morte e sucessão de João Paulo II – o Papa peregrino que arrastou multidões, que tocou o coração de novos e velhos, que devolveu a voz à Igreja num tempo marcado pela ditadura do relativismo. Registar este acontecimento e mantê-lo vivo era quase obrigatório para quem o viveu de perto e tão intensamente. – Como é que se organizaram para este trabalho a quatro mãos e a contra-relógio? – Foi complicado. A Aura Miguel estava em Roma, eu em Lisboa e tínhamos a pressão do tempo. Embora houvesse a preocupação de não datar excessivamente o livro, só fazia sentido sair nesta altura. Assim sendo, o livro acabou por ser escrito ao telemóvel e via e-mail, em pouco mais de uma semana...

– Com que objectivo se fizeram a esta aventura? – Guardar na memória a emoção, a angústia e a dor que marcaram a viagem de João Paulo II ao encontro do Pai e dar a conhecer o novo chefe da Igreja Católica. Sendo um livro de autores portugueses – o primeiro sobre Bento XVI – tivemos também a preocupação de ligar estes acontecimentos ao Altar do Mundo. João Paulo II foi o Papa de Fátima, Bento XVI fez a interpretação teológica da terceira parte do segredo. As referências aos pastorinhos, às aparições de 1917 e à Cova da Iria são uma constante. – O livro tem por subtítulo: as escolhas de um Papa. Que escolhas são estas e que leitura faz delas? – O subtítulo funciona com um duplo sentido: por um lado, procurou explicar-se as razões que levaram o Conclave a escolher o cardeal Ratzinger para ocupar o trono de Pedro; por outro, era importante reflectir sobre o caminho que Bento XVI traçou para o seu Pontificado... Quanto às escolhas, elas surgem nesta linha de continuidade: acima de tudo, a defesa dos valores tradicionais da Igreja. Nem outra coisa seria de esperar de alguém que, durante mais de duas décadas, se ocupou da Doutrina da Fé. – Bento XVI tem em polémica o que tinha em carisma João Paulo II. Concorda? – Pela função que desempenhava, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, é natural que Ratzinger criasse anticorpos. Não é fácil defender os valores da Igreja num tempo e num espaço em que os valores se perderam. Mas, com o início do seu Pontificado, a polémica foi-se desvanecendo e, hoje, o mundo católico está de coração com Bento XVI – Novas ideias para novos livros são ainda uma possibilidade ou já uma realidade? – Gostava de escrever um livro sobre os noventa anos das aparições na Cova da Iria que se assinalam em Maio de 2007. Já falei com a Aura Miguel sobre o assunto... vamos ver! Outra possibilidade é a história, verdadeira, de uma jovem perseguida pelos dias 26. É um relato impressionante e comovente.

PERFIL

Paulo João Santos nasceu em Bragança no dia 13 de Janeiro de 1964 e é jornalista desde meados da década de 80. Depois de experimentar as rádios locais chega à imprensa escrita através dos jornais ‘Lusitano’ e ‘Lusitano Desportivo’. Seguem-se ‘Diário Popular’, ‘Diário Económico’, ‘Semanário Económico’ e ‘Tal e Qual’. Desde 1990 nos quadros do ‘Correio da Manhã’, aqui se mantém na qualidade de Grande Repórter. Para trás fica obra feita em secções como Economia, Sociedade e Portugal.

Fonte CM

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