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D. José Policarpo rejeita tornar Santuário de Fátima num
2005-05-13 21:26:28

O cardeal patriarca de Lisboa, D. José Policarop, rejeitou hoje transformar o Santuário de Fátima num templo inter-religioso, reafirmando a pureza da mensagem de Nossa Senhora de Fátima, em directa obediência à hierarquia católica.

"Não há aqui, nem nunca haverá, templos inter-religiosos ou inter-confessionais", disse D. José Policarpo em Fátima, reagindo às críticas lançadas por sectores mais conservadores contra a abertura do Santuário ao diálogo com outras religiões. Na eucaristia principal da Peregrinação Aniversária de Maio, D. José Policarpo considerou que existe uma "campanha internacional" que lança "a confusão sobre a pureza de intenções do que se passa no Santuário" de Fátima. "A única resposta que lhe podemos dar é a autenticidade e a verdade sincera do que aqui fazemos, na obediência à Igreja e na fidelidade à mensagem de Nossa Senhora", garantiu o cardeal patriarca de Lisboa, considerando que a "internacionalidade de Fátima" pode ser um instrumento dos católicos para expandir a sua fé.

Todo o trabalho pastoral do Santuário cumpre as indicações do Papa, "sejam elas de aprofundamento da autenticidade da vida cristã, de diálogo ecuménico ou inter-religioso ou de construção da harmonia e da paz", acolhendo "todos os que vêm com um coração recto, peregrinos da verdade e do amor". O discurso foi pontuado em diversas ocasiões por aplausos dos peregrinos, que interromperam a homilia quando D. José Policarpo se referia de forma mais emotiva ao Santuário. "Fátima quer ser uma escola de comunhão e de oração" e a "inauguração da Igreja da Santíssima Trindade [que deverá terminar em 2007], abrir-nos-á à fonte do amor inter-pessoal de Deus", acrescentou. Cardeal patriarca salienta "o respeito e a revelação da vida". Falando aos muitos milhares de peregrinos que enchem hoje o recinto do Santuário, o cardeal patriarca reafirmou ainda a defesa da vida como causa dos católicos, num momento em que o Governo defende a alteração da lei sobre a interrupção voluntária da gravidez. "Esse é, aliás, o tema deste Santuário, para este ano: o respeito e a revelação da vida", salientou. Por outro lado, "a peregrinação de hoje é a ocasião propícia para meditar e aprofundar a relação" entre a mensagem de Fátima e o Sumo Pontífice, "seja ele qual for, porque o Papa da Igreja é sempre aquele que, em cada momento histórico, Deus pôs à frente do Seu povo". "O amor ao Papa está presente, desde o início, na mensagem e na espiritualidade de Fátima", afirmou D. José Policarpo, salientando que os pastorinhos anteviram, "em visão profética", o atentado contra João Paulo II. O cardeal patriarca recordou que João Paulo II sublinhou sempre "o carácter sobrenatural e a actualidade salvífica das aparições em Fátima, contribuindo para a credibilidade eclesial e para a dimensão universal" do Santuário. "Hoje estou aqui a cumprir uma promessa que fiz a Sua Santidade Bento XVI", disse D. José Policarpo aos peregrinos, recordando o primeiro encontro que teve com o novo Papa, depois de Joseph Ratzinger ter sido nomeado no conclave dos cardeais. "Quando, no final do conclave, chegou a minha vez de o cumprimentar e jurar-lhe comunhão e obediência, o Santo Padre agarrou-me as mãos e falou-me de Fátima. E eu prometi-lhe que no próximo dia 13 de Maio viria pôr aos pés de Nossa Senhora o seu Pontificado", explicou.

Fonte Público

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