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Sé Catedral vai para a Matinha
2005-03-30 22:12:58

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) deverá votar a celebração de um protocolo que define a localização da futura sé catedral da cidade, na zona ribeirinha da Matinha, junto ao Parque das Nações.

O protocolo proposto ao executivo municipal por Santana Lopes envolve a câmara, a Administração do Porto de Lisboa (APL), a Galp Energia e o Patriarcado de Lisboa.
O Patriarcado de Lisboa não quis ontem prestar informações sobre o assunto, limitando-se o padre Jardim Gonçalves a dizer que "o conteúdo do protocolo está a ser apreciado". Para o patriarcado, a questão fundamental a resolver agora é a da propriedade do terreno destinado ao futuro templo, actualmente alvo de disputa legal entre a Galp e a APL.
No entanto, como nota o texto a votar hoje, "quer a Administração do Porto de Lisboa, quer a Galp Energia manifestaram disponibilidade em, estando a questão da propriedade dirimida, permitir que o terreno venha a destinar-se à construção do equipamento religioso".
O protocolo agora proposto traduzirá, se assinado, um compromisso das duas entidades perante a CML e o Patriarcado do seu "empenho na prossecução deste objectivo". Se aceitarem este protocolo, APL e Galp Energia estarão a dizer que, caso ganhem o pleito quanto ao terreno, se comprometem a deixar construir lá o novo templo.

Papa "satisfeito" com localização
O terreno previsto para a nova sé catedral de Lisboa tem cerca de 15 mil metros quadrados, situando-se em Braço de Prata, a sul da Av. Marechal Gomes da Costa e limitada a oeste pela Rua de Cintura do Porto, em parte do que foi a antiga Fábrica de Gás da Matinha.
O local foi sugerido pela CML e bem aceite pela Igreja "por possuir o enquadramento conveniente, boa acessibilidade, área adequada e "vista para o rio"". Está classificado na proposta do Plano de Urbanização da Zona Ribeirinha Oriental (PUZRO) como área de equipamento.
Segundo o PUZRO, nesta zona serão erguidos complexos habitacionais segundo novos eixos viários perpendiculares ao rio. A futura catedral, sua vizinha, deverá "articular-se a sul com uma praça que deverá ter um tratamento paisagístico de verde público".
O plano prevê também que seja perpetuada no local alguma memória da importante zona fabril, cujas construções mais evidentes e conhecidas são os grandes gasómetros localizados já perto da linha do caminho-de-ferro. O Ippar sugeriu, no ano passado, à CML que lhes atribuísse interesse concelhio, mas até agora o município não tomou tal iniciativa. Para além do interesse do Patriarcado na nova catedral, que já esteve para ser no Alto do Parque Eduardo VII, a Câmara de Lisboa invoca na proposta a votar a falta de uma igreja paroquial na zona do Parque das Nações, equipamento que tem sido reivindicado por alguns dos moradores.
Há pouco mais de um ano, numa audiência com o Papa João Paulo II, em Roma, Santana Lopes informou o pontífice de que a nova catedral da cidade iria para a zona riberinha oriental. Segundo um colaborador do autarca, o Papa terá ficado "satisfeito" com o anúncio.

Fonte Público

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