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Paróquia de Famalicão adopta referendo acerca de recuperação de órgão
2005-02-24 22:21:41

O mosteiro de Landim, em Vila Nova de Famalicão, dispõe de um órgão de tubos do século XVII que está em adiantado estado de degradação, mas a paróquia não tem dinheiro para o conserto. Por isso, o pároco local admite lançar um referendo para aferir se a comunidade está disposta a assumir, como uma prioridade, a recuperação daquela "peça belíssima e rara".

O pároco, Armindo Paulo Freitas, considera que esta é a altura ideal para a comunidade se pronunciar uma vez que, no âmbito das obras de recuperação do mosteiro, vão avançar brevemente as fases de recuperação da talha velha, de imagens e dos pavimentos exteriores. O arranjo do órgão poderia assim ser executado em paralelo às empreitadas previstas de forma a que, no final, o mosteiro pudesse ter em funcionamento o órgão, uma das suas relíquias.
As obras em curso no mosteiro estão estimadas em 500 mil euros, dos quais 65 por cento são pagos por fundos comunitários. O resto da factura é suportada em partes iguais por três entidades: a fábrica da Igreja, a Câmara Municipal de Famalicão e a Direcção-Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais (esta última entra no processo porque o mosteiro é um imóvel classificado).
O mosteiro de Landim é um dos principais pontos de atracção de Famalicão do "turismo religioso" e Armindo Paulo Freitas acredita que, "pela sua beleza", o órgão poderia contribuir para chamar mais turistas e fiéis ao concelho. "Julgo que semelhante ao órgão do Mosteiro de Landim só existe mais um na Península Ibérica", diz o sacerdote. Não falta vontade em ver o órgão a funcionar, o problema é mesmo a falta de dinheiro. O conserto deve rondar (numa média de alguns orçamentos) os 200 mil euros.
O ideal seria que aparecesse um mecenas que gostasse de ver a peça recuperada e pagasse o investimento, mas como ainda não houve qualquer sinal disso, a paróquia poderá avançar para o referendo. Se este decidir pelo conserto, então a comunidade assumirá a responsabilidade de condicionar, durante algum tempo, os investimentos da paróquia, nomeadamente a desejada construção de um centro social e paroquial.

Fonte Público

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