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Dois Terços dos Europeus Consideram-se Religiosos
2004-12-13 10:13:57

Apesar de dois em cada três europeus acreditar num Deus, os habitantes do Velho Continente não são frequentadores assíduos das igrejas, já que 25 por cento admite que nunca lá põe os pés. Num inquérito publicado na sexta-feira pelo diário "Wall Street Journal", verifica-se que os mais religiosos são os romenos, enquanto que os checos são os mais ateus.

Com o objectivo de analisar a atitude e o comportamento religioso de 21.000 pessoas, em 21 países (Europa, Turquia, Rússia e EUA), o inquérito concluiu que as crenças diferem muito de nação para nação. Este estudo não abrangeu Portugal.

Assim, na Europa Ocidental, cerca de 70 por cento dos inquiridos afirmou acreditar numa determinada religião, mas com diferenças acentuadas conforme as latitudes, pois enquanto 97 por cento das respostas obtidas na Roménia indicaram uma profunda crença, apenas 30 por cento dos que responderam na República Checa acreditam num Deus. Tão crentes como os romenos são os gregos, os polacos e os turcos. Apesar disso, um quarto das pessoas afirmou nunca ir à igreja e outro tanto admite frequentar a igreja menos de cinco vezes por ano.

Em relação à religião dominante, as diferenças são também acentuadas. Enquanto que os italianos (98 por cento), os polacos (98) e os espanhóis (93) se dizem claramente católicos, os escandinavos são maioritariamente protestantes (Suécia 86 por cento, Dinamarca 94 e Finlândia 90). Já os gregos são predominantemente ortodoxos (98 por cento) e os turcos 100 por cento muçulmanos. O Reino Unido é dos poucos países onde não existe uma única religião dominante.

A religião é mais forte entre as mulheres do que entre os homens (72 por cento contra 63) da Europa Ocidental. De igual forma, aqueles que habitam nas áreas rurais são mais crentes do que os urbanos, uma divisão fortemente pronunciada na Hungria, Áustria e República Checa. Em todos os países inquiridos, mais pessoas acima dos 50 anos acreditavam num Deus do que aqueles com menos de 30 anos.

Mais de metade dos habitantes na Europa Ocidental não encaram como um problema a coexistência com muçulmanos no Velho Continente mas mais de um terço considera hoje há mais anti-semitismo do que há cinco anos.

O inquérito foi conduzido pela "GfK Custom Research Worldwide" para o "The Wall Street Journal Europe". Foram contactadas 21.102 pessoas com idade superior a 15 anos entre Setembro e Outubro de 2004. Na maioria dos países, o inquérito foi realizado pessoalmente, enquanto na Bélgica, Dinamarca, Grécia, Itália, Holanda. Reino Unido, EUA e Suíça as entrevistas foram telefónicas.

Fonte Público

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