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Papa: Concordata confirma consideração entre Portugal e a Santa Sé
2004-05-18 21:12:14

O Estado português e a Igreja Católica assinaram hoje a nova Concordata. No final da cerimónia, o Papa João Paulo II, que esteve reunido por breves momentos com o primeiro-ministro, Durão Barroso, considerou que o novo acordo "confirma os sentimentos de consideração recíproca que animam as relações entre a Santa Sé e Portugal".

A seguir à assinatura do documento, o Papa, que hoje completa 84 anos de idade, recebeu na Sala Clementina do Vaticano a delegação portuguesa que. Antes de se dirigir aos cerca de 50 portugueses presentes, João Paulo II ouviou os parabéns cantados em português.

Além de Durão Barroso, estiveram presentes as ministras dos Negócios Estrangeiros, Teresa Gouveia, das Finanças, Manuela Ferreira Leite, e da Justiça, Celeste Cardona. Também os ex-ministros Martins da Cruz (PSD), Jaime Gama e Vera Jardim (PS) assistiram à sessão, ao lado do cardeal patriarca de Lisboa, D. José Policarpo e do ex-bispo de Coimbra D. João Alves.

"Enquanto exprimo o meu profundo apreço pela atenção que o Governo e a Assembleia da República portuguesa demonstram em relação à missão da Igreja, culminada na hodierna assinatura, faço votos para que a nova Concordata favoreça um entendimento sempre melhor entre as autoridades do Estado e os pastores da Igreja", disse João Paulo II.

Antes de uma bênção aos presentes e ao povo português, o Papa sustentou ainda que o novo acordo "confirma os sentimentos de consideração recíproca que animam as relações entre a Santa Sé e Portugal".

"Concordata reforça laços históricos em benefício dos fiéis"

Antes da cerimónia, João Paulo II reuniu-se com Durão Barroso durante cerca de 15 minutos na Biblioteca Pontifícia. O primeiro-ministro ofereceu ao Sumo Pontífice um registo do Senhor Santo Cristo dos Milagres, dos Açores, e uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, da fábrica de porcelana Vista Alegre.

Para a assinatura da Concordata, que decorreu na Sala Régia, o Vaticano fez-se representar pelo seu secretário de Estado, o cardeal Angelo Sodano, que salientou "o significado histórico" do acordo, que considerou um "instrumento idóneo e eficaz", que se "propõe reforçar os laços históricos e consolidar as actividades da Igreja Católica em Portugal, em benefício dos fiéis".

"Há 64 anos [data da última Concordata], fizeram-se votos para que a assinatura da Concordata pudesse marcar o início de uma época de colaboração. Hoje, não se trata de começar, mas de continuar esse caminho", afirmou Sodano.

Por sua vez, Durão Barroso evocou "o momento histórico" que constitui a assinatura deste acordo, salientando a importância de se realizar no dia do aniversário do Papa João Paulo II - "grande personalidade mundial e batalhador incansável pela paz" - e próximo dos 825 anos da bula papal Manifestus Probatum, concedida em 1179 pelo Papa Alexandre III, que reconheceu a independência de Portugal.

Durão Barroso definiu a nova Concordata como o resultado de um "processo rigoroso e de respeito mútuo", "onde fica reconhecido o papel singular da Igreja católica, compatível com o direito português, e com vocação de longevidade".

Fonte Público

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