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10º Aniversário do Ano Internacional da Família
2004-05-11 22:12:02

Não é fácil falar sobre a família, não só porque muito se tem escrito sobre ela, mas também porque a família é uma instituição condicionada por variadíssimos factores, sejam eles de ordem ideológica, política, económica e social.

Sabe-se que, desde a Antiguidade, sempre existiram indivíduos que consideraram a família como entrave à liberdade e que rejeitaram os seus descendentes, outros porém, defenderam-na sem restrições.
Segundo sondagem feitas recentemente em França, a família é considerada como o valor mais importante da sociedade, isto independentemente das opções político/ideológicas de cada um. Consideram os franceses que a família é o seu refúgio contra a solidão, a sua protecção contra as contingências da vida, a razão dos seus esforços quotidianos, a fonte da sua felicidade pessoal. Estas afirmações surgem na obra “A família – da Crise à Necessidade” de Eveline Sullerot, socióloga francesa, membro da Comissão Francesa Consultiva para os Direitos do Homem, que dedicou esta obra à análise de famílias, desde 1939 a 1985, mas também à época que se seguiu e que denominou “época do desmembramento familiar”. De facto, também na sociedade portuguesa, no final do século XX, se verificou a desagregação da família com o aumento dos divórcios, das famílias monoparentais, dos recasamentos e dos filhos que se vêem privados da presença de um dos seus progenitores.
O actual governo, tomando consciência da importância da família no bom funcionamento da sociedade, assumiu 100 Compromissos para uma Política da Família, apresentados na sessão comemorativa do 10º aniversário do Ano Internacional da Família, no Teatro Nacional de D. Maria II, em Lisboa. Neste documento são enumeradas as medidas aprovadas, em defesa da família, os princípios orientadores que nortearam as mesmas, as áreas de intervenção, sendo de destacar nestas a intenção de “Apoiar e facilitar o acesso das famílias a serviços de educação e formação parental”. Esta parece-nos uma vertente muito importante na prevenção das disfunções familiares que, na opinião da socióloga supra-mencionada são responsáveis pela toxicodependência e a exclusão social. Assim citamos da obra já referida “Todos os estudos sobre adolescentes toxicodependentes demonstram que estes são oriundos, com uma frequência muito maior que os indivíduos da mesma idade que não consomem drogas, de uma família dissociada”. Mais à frente afirma que “ A exclusão foi demasiadamente explicada como tendo como única causa o desemprego. Isso é esquecer que não existe um único excluído, homem ou mulher, novo ou velho, que não tenha sido vítima, ou que o seja ainda, de dificuldades ou de roturas familiares”.
Saudamos as intenções do governo e esperamos que a sociedade portuguesa queira trabalhar na promoção dos valores da família disponibilizando-se para colaborar na formação nesta área, tão importante para a promoção da sanidade social.

Fonte Ecclesia

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