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Dia Internacional da Mulher
2004-03-07 21:16:58

Nunca será demais afirmar que a desigualdade entre os homens e as mulheres continua a aumentar. Tal situação é devida à destruição do trabalho humano, do ambiente e da paz. Os efeitos sociais das crises foram e continuam a ser enormes em todos os continentes. A queda de muitas moedas traduziu-se no desinvestimento súbito e massivo dos capitais, causando em alguns países uma baixa da produção de mais de 16%, o encerramento de milhares de empresas, a perda massiva de empregos, a precarização do emprego, o aumento da taxa de desemprego, as migrações e os seus efeitos nefastos.

Os efeitos negativos das desigualdades no mercado do trabalho reflectem-se sobretudo
nas mulheres. Nalguns países, as análises mostram que elas são vítimas de despedimento em maior número que os homens. Os sistemas de segurança no desemprego, para os trabalhadores com contrato legal, a tempo inteiro, não se aplicam geralmente às mulheres. Além disso, muitas delas trabalham no sector informal ou em casa, e não recebem qualquer benefício social.

Mesmo que as mulheres e as suas organizações tenham uma experiência de 20 anos no campo da concertação e da coordenação, a questão da igualdade está ainda longe de ser alcançada em muitos campos de actividade. As mulheres têm dificuldade em entrar e em se impor em muitos sectores. Na maior parte dos casos, elas não têm acesso aos lugares de direcção, porque não são consideradas capazes de assumir as funções de presidência e de representação duma empresa. Raramente ocupam postos de trabalho tradicionalmente ocupados por homens.

Muitos movimentos sociais não garantem uma representação equilibrada de mulheres nos seus órgãos. Na prática, tudo se passa como se houvesse obstáculos históricos, sociais e culturais a esta igualdade. Os Movimentos membros do MMTC querem mudar estas práticas. Reconhecem que um dos primeiros desafios que temos que enfrentar é a questão da igualdade homem-mulher em todos sectores da vida do Movimento. Interpelamos a sociedade a fim de que a lógica de igualdade homem-mulher seja aplicada a todos os níveis. Ao mesmo tempo, queremos ser coerentes dentro dos nossos próprios Movimentos, em particular no que diz respeito ao exercício de responsabilidades à frente do Movimento, assegurando a igualdade de oportunidades entre os homens e as mulheres.
A nossa maneira de funcionar é marcada por comportamentos masculinos que mantém as mulheres em postos secundários de responsabilidade. É por isso que, em Novembro de 2003, os membros do Conselho Executivo (CE) formularam votos de que, em 2004, as mulheres se candidatassem e conseguissem chegar ao lugar de Presidente do MMTC, para romper com a prática que as mantém apenas no lugar de vice-presidente. É forçoso constatar que o mesmo se passa com o lugar de Secretário Geral adjunto, o qual tem sido preenchido somente por mulheres. As perspectivas são grandes, mas vale a pena que o desafio seja aceite pelos homens e mulheres dos Movimentos do MMTC, que escolheram comprometer-se todos juntos nos caminhos de esperança por um trabalho digno numa sociedade nova.

O Conselho Executivo do MMTC

A Direcção Executiva da LOC/MTC subscreve na íntegra a Mensagem do MMTC

Fonte Ecclesia

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