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Mulheres não abandonam luta pela ordenação sacerdotal
2001-03-25 12:44:00

Representantes portuguesas do movimento internacional "Nós Somos Igreja" (NSI) reuniram-se ontem na Capela do Rato, para mais uma sessão de reflexão sobre a abertura do sacerdócio às mulheres.

A luta pela igualdade de direitos no acesso aos ministérios da Igreja tem movido milhares de mulheres por todo o mundo, que defendem uma "remodelação profunda" do direito canónico e da estrutura eclesiástica "à luz do Evangelho". Em resposta, o Vaticano tem mantido firme a decisão de interditar a ordenação de mulheres.

Convidada especial do encontro de ontem, a pastora prebiteriana Idalina Sitanela saudou o movimento, concordando com a reivindicação das mulheres católicas "de um direito que lhes assiste". Em seu entender, "não se pode discriminar seja quem for só pelo facto de ser mulher", antes se deve conferir "iguais direitos" aos dos homens. Mesmo que ainda esteja longe poder falar-se da união de todos os cristãos, Idalina Sitanela não recusou falar da possibilidade de existir um Papa para todos os cristãos, mas, segundo a pastora presbiteriana, esse chefe máximo dos cristãos teria que atender à reivindicações de movimentos como o NSI. O encontro consistiu numa oração de vésperas em que a petição central foi a de que se torne possível às mulheres com vocação serem ordenadas.

Falta igualdade

Em declarações ao JN, uma das responsáveis do movimento, Mariana Mendes Pereira, salientou que num tempo em que os direitos humanos são a pedra fundamental dos Estados democráticos e em que a luta pela não discriminação em função do sexo, raça e origem está na ordem do dia, a Igeja Católica continua apenas como observadora da Comissão Internacional do Direitos do Homem. "Porque é que não há igualdade dentro da Igreja?", pergunta, Mariana Mendes Pereira, respondendo a seguir que falta à Igreja "viver mais de acordo com a mensagem do Evangelho".

Hoje é o Dia Internacional de Oração pela Ordenação das Mulheres, mulheres que acreditam que "não é irreversível" a situação actual e que muitos católicos já se manifestaram a favor do sacerdócio no feminino.

Fonte JN

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