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A Bíblia, laboratório de saberes
2004-02-10 22:07:42

Mais de 30 mil alunos e professores de perto de 200 escolas de todo o país irão participar, entre 22 e 24 de Março próximo, num projecto intitulado "Bíblia Manuscrita Jovem" (BMJ), que pretende pôr as pessoas a escrever manualmente o texto integral da Bíblia. O projecto, iniciativa da Sociedade Bíblica de Portugal (SBP), tem como parceiros na organização o Secretariado Nacional da Educação Cristã e o Secretariado Diocesano do Ensino Religioso do Patriarcado de Lisboa (ambos da Igreja Católica) e a Comissão para a Acção Educativa Evangélica nas Escolas Públicas (evangélica), que mobilizam professores e alunos das aulas de Educação Moral e Religiosa, mas também de outras disciplinas.


“Encontrou-se um projecto muito bonito, onde é possível fazer um cruzamento proveitoso entre o programa curricular das várias disciplinas e os objectivos dos diversos ciclos de ensino com aquilo que a Bíblia pode trazer”, refere Alfredo Abreu, Coordenador Geral de “A Bíblia Manuscrita”.

Alargada a outros âmbitos, a BMJ: os professores de Educação Moral e Religiosa Católica e Evangélica (EMRC/E) têm vindo a trabalhar em conjunto com conselhos executivos e pedagógicos, com iniciativas onde se combinam disciplinas.
Na Escola Secundária Padre Alberto Neto, em Queluz, os professores de EMRC/E procuram desenvolver actividades em conjunto com outros grupos disciplinares, como português, história, ciências e arte.

A intenção concretiza-se, de acordo com Isabel Mesquita, professora de EMRC, com “uma exposição sobre a Bíblia, onde será apresentada em 40 línguas, o espaço para a BMJ, conferências sobre a presença da Escritura na obra de Vergílio Ferreira, concertos de Música Sacra e a construção de um Scriptorium do séc. XIV”. Esta última iniciativa, inspirada no filme “O Nome da Rosa”, tem provocado grande entusiasmo junto dos alunos.
Um exemplo de colaboração nasce à volta do Scriptorium: serão os professores de história de arte a pintar os cenários do mesmo, com as técnicas da altura. Os professores de história vão falar sobre a passagem da escrita à imprensa e os de Biologia abordam o valor bíblico da “conservação da criação” numa conferência sobre a ecologia.

“Isto leva a um debate que só pode melhorar a educação das nossas crianças e ao apreço pela nossa cultura, pelo que somos”, assegura Alfredo Abreu, da SBP.
Para Simão Silva, professor de EMRE, é importante que a escola surja como “um centro dinâmico, um laboratório vivo”. Nesse sentido, destaca a presença transversal da Bíblia nas actividades de conjunto, “com valores a que as outras disciplinas fazem referência”.
De momento, os alunos estão a reagir tão bem a este novo desafio que já estão várias equipas a trabalhar no projecto. “Esta é uma fase muito interessante, há entusiasmo, ansiedade por ver o resultado final”, assinala Isabel Mesquita.

O projecto BMJ pretende suscitar um maior interesse pela Bíblia por parte dos variados públicos ligados à educação, mobilizando estudantes e restantes comunidades educativas para “renovadas abordagens à Bíblia.” Assim, como explica Simão Silva, a BMJ revela-se uma oportunidade para “convidar e atrair os encarregados de educação à escola”.

O envolvimento pessoal neste projecto confere uma natural intimidade com o texto copiado, que os responsáveis esperam que venha a provocar a revisitação de um marco da nossa identidade e dos valores que a informam.

Fonte Ecclesia

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