paroquias.org
 

Notícias






Vaticano contesta indústria farmacêutica
2004-01-30 20:57:31

Habituada a estar no centro das acusações, quando o tema é a Sida, a Igreja Católica levantou a sua voz na manhã de hoje contra a indústria farmacêutica mundial, acusando-a de “genocídio” em relação aos doentes de Sida que vivem nos países pobres.

Durante a apresentação da mensagem para a Quaresma de 2004, de João Paulo II, representantes do Vaticano exigiram que a comunidade internacional pressione as indústrias farmacêuticas, de modo a obter uma baixa significativa no preço dos medicamentos.
“A cada dia, pelo menos 400 pessoas morrem no Quénia, por causa da Sida. Esta é uma acção genocida do cartel das empresas farmacêuticas, que recusam tornar acessíveis os medicamentos, ao mesmo tempo que declaram lucros de 517 mil milhões de dólares em 2002”, referiu o Pe. Angelo D’Agostino, fundador de um centro dedicado a crianças infectadas pelo HIV (dois milhões e meio, em todo o mundo) , o "Nyumbani", no Quénia.
A Igreja tem, reconhecidamente, um papel de relevo na luta pelo acesso aos meios de tratamento da doença, sobretudo aos retrovirais, que diminuem a mortalidade em 90% e melhoram a qualidade de vida.
Na conferência de imprensa, onde foi lançada a mensagem do Papa, estiveram presentes os responsáveis máximos do Conselho Pontifício “Cor Unum”, organismo do Vaticano que é o “braço operativo” do Papa para a solidariedade, que anunciaram a criação de um fundo especial, destinado a ajudar as crianças doentes de Sida.
“Estas crianças morrem porque não têm medicamentos, é preciso exercer uma pressão pública que convença as indústrias farmacêuticas a baixar o preço dos medicamentos necessários para tratar as vítimas da Sida”, disse o arcebipos Josef Cordes, presidente do Cor Unum.

Fonte Ecclesia

voltar

Enviar a um amigo

Imprimir notícia