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Vaticano tenta reaproximação com integristas católicos
2001-03-22 21:17:10

A Teologia da Libertação continua marginalizada na Igreja Católica mas o Vaticano discute há meses a reintegração de uma das correntes mais tradicionalistas, expulsa da Igreja em 1998 e sediada na Suíça, avançou esta quarta-feira a agência «Swissinfo».



Os contactos entre o Vaticano e a Fraternidade de São Pio X começaram há meses mas só foram revelados esta terça-feira. Fundada em 1970 pelo bispo francês monsenhor Marcel Lefebvre, e sediada em Econe, no Estado do Valais, Suíça, a Pio X é uma corrente tradicionalista que sempre negou as reformas litúrgicas do Concílio Vaticano II e a abertura ecuménica. Ultra conservadora na prática religiosa e na formação de sacerdotes, a corrente de Econe atrai sobretudo nostálgicos das velhas tradições da Igreja principalmente da Itália, Espanha e Portugal.

Em 30 de Junho de 1988, depois de consagrar solenemente 4 bispos, Lefebvre foi suspenso das funções religiosas e posteriormente excomungado pelo papa João Paulo II. Na hierarquia da Igreja Católica Romana, só o papa pode consagrar bispos. Produziu-se então um cisma na Igreja, com a separação de Econe. É esse reatamento que se discute actualmente.

Monsenhor Lefbvre faleceu em 1991, mas o seu sucessor, D. Bernard Fellay, esteve com o papa, em Roma, dia 30 de Dezembro passado. Antes desse encontro, informa o correspondente de «Swissinfo», em Roma, George Michel, o cardeal colombiano Dario Castrillon Hoyos esteve várias vezes em Econe, como enviado do papa.

A solução para o impasse criado pelo cisma seria atribuir à Fraternidade Pio X um estatuto especial chamado prelazia, segundo o qual a Fraternidade responderia directamente ao papa e não ao Conselho Epicospal suíço.




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