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Campanha da APAV - Comunicado
2003-11-27 22:05:06

Nos últimos dias, o país foi surpreendido por uma campanha da APAV frontalmente contra o casamento, consistindo em:

1 - Postais representando uma casa com um letreiro "Cuidado com o marido";
2 - Anúncios na rádio, glosando com a fórmula do matrimónio, em que uma voz masculina prometia à sua futura mulher um futuro de violência.


Ora, para além da manifesta falta de gosto, esta campanha está objectivamente contra todo o conhecimento científico internacional nesta matéria: todos os estudos mostram que a família fundada no casamento é aquela que, de longe, garante a melhor segurança para os seus membros.

Aliás, se cruzarmos os dados existentes no site da APAV com os constantes no site do INE, verificam-se os seguintes valores de incidência de violência doméstica por estado civil e por tipo de família:
Estado civil
Incidência Violência

Solteiro
0.04%

Casado
0.10%

União de facto
0.28%

Viúvo
0.05%

Divorciado
0.25%

Separado
0.73%

Tipo de família
Incidência Violência

Monoparental
0.37%

Nuclear
0.24%

Reconstruída
1.13%

Alargada
1.03%

Logo, insistindo no mau gosto, caso a APAV decida manter a sugestão de colocação de tabuletas, deverão ser do tipo "Cuidado com o divorciado", "... com o monoparental", "... com o unido", "... com o reconstruído" ou "... com o alargado".

Ofensa gratuita e alvo falhado



Para além de esta campanha ser uma ofensa para os 5 139 592 portugueses casados, revela que a APAV, no seu muito meritório objectivo de combater a violência doméstica, tem falhado rotundamente o alvo. Pior ainda, ao eleger o casamento como seu alvo, está, na realidade, como os números bem demonstram, a promover a violência doméstica.





APAV e violência doméstica



A APFN considera muito meritória a acção que a APAV, e outras associações congéneres, têm desenvolvido. Ora esta campanha, vem, infelizmente, descredibilizar a objectividade, rigor e eficácia da APAV, o que, inevitavelmente, a obriga a efectuar a necessária correcção.

A APFN sugere que essa correcção seja feita dos seguintes modos:

1 - Anúncio radiofónico repondo a verdade, isto é, informando que a família baseada no casamento é aquela que, de longe, apresenta menores índices de violência doméstica;

2 - Envio de postais aos anteriores destinatários, pedindo desculpa pelo erro.





Estado e família



A APFN aproveita a oportunidade para recomendar fortemente que, no âmbito do Ministério da Segurança Social e Trabalho / Coordenação Nacional dos Assuntos da Família, seja encomendado um estudo sobre os efeitos dos diversos tipos de família em:

1 - Violência doméstica

2 - Comportamento desviante e de risco infantil e juvenil, nomeadamente alcoolismo, droga, SIDA, acidentes na estrada, delinquência, criminalidade, violência nas praxes académicas, nos estádios de futebol, etc

3 - Sucesso escolar

Neste estudo, dever-se-ia seguir a tipologia seguida pelo INE.



Esse estudo é indispensável para que:

1 - O Estado e seus agentes não tenham dúvidas sobre o tipo de família que deve ser promovido;

2 - Para que, quem pense constituir família, seja informado com verdade qual o modelo mais desejável, a fim de poder decidir em liberdade;

3 - Para que todas as associações de promoção da família orientem a sua acção no mesmo sentido, melhorando a eficácio do seu conjunto e de cada uma.



APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas

Rua 3A à Urbanização da Ameixoeira
Área 3, Lote 1, Loja A
1750-084 Lisboa

Tel: 217 552 603 - 917 219 197
Fax: 217 552 604


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