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D. José Policarpo e Eduardo Prado Coelho trocam cartas sobre a fé
2003-11-03 21:25:18

«Os homens foram feitos para se entenderem» é o mote das cartas sobre questões da fé publicadas aos domingos, desde ontem, no “Diário de Notícias” por D. José Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa, e Eduardo Prado Coelho.

O debate começou com a publicação da primeira carta, assinada por este professor universitário. Ex-militante do Partido Comunista Português (PCP), Prado Coelho recorda a relação da sua família com a religião e confessa as suas perplexidades sobre o assunto.
Eduardo Prado Coelho termina assim a primeira carta: «continua-se a acreditar em Deus, mas cada vez menos como pessoa e cada vez mais como abstracção. E existe crescentemente uma leitura imanentista da religião, vista como difusa mensagem de esperança e felicidade, onde noções como o diabo ou o inferno não fazem qualquer sentido».
«Tem a Igreja a noção desta evolução? Considera-a um mal e tenta contrariá-la? Considera-a como algo de positivo que se poderá aproveitar para alargar a influência? Tem uma estratégia ofensiva face a ela? Ou vê nesta lenta mas manifesta descristianização uma decadência inexorável? Sente o seu destino associado à crise das grandes narrativas (e nesse caso assistiríamos à vagarosa mas inflexível erosão do comunismo e do catolicismo, do tomismo e do marxismo)?», pergunta. Aguarda-se agora a resposta do Cardeal Patriarca de Lisboa.
Esta iniciativa do DN não é inédita, como o próprio jornal reconhece: aproveita-se a ideia nascida em Itália, no ano de 1995, quando o então Arcebispo de Milão, Cardeal Carlo Maria Martini, e Umberto Eco travaram nas páginas do diário “Corriere della Sera” e da revista “Liberal”, um diálogo cujo mote era “em que crê quem não crê?”.

Fonte Ecclesia

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