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Processo de revisão da Concordata preso por pequenas burocracias
2003-10-23 22:56:53

O Representante diplomático da Santa Sé em Portugal, D. Alfio Rapisarda, confirmou que a assinatura de um acordo entre a Santa Sé e o Estado português, a Concordata, depende apenas da resolução de “questões burocráticas”. D. Alfio Rapisarda deu esta certeza em entrevista ao programa “Ecclesia”, do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja Católica, transmitido ontem na RTP2.

“O processo está a concluir-se, peguei nele quando cheguei ao país e o trabalho já estava muito avançado. Espero que se conclua quanto antes”, referiu à ECCLESIA.
O atraso no processo foi explicado por D. Rapisarda pela actual concentração das atenções no aniversário de Pontificado de João Paulo II e na mudança do “ministro dos negócios estrangeiros do Vaticano”, devido à saída do agora cardeal Jean-Louis Tauran.
As relações bilaterais foram consideradas pelo arcebispo italiano como “muito boas”, sobretudo no que ele definiu como “as relações entre a Santa Sé e o povo português”.
O Núncio agradeceu também, em nome de João Paulo II, “todas as manifestações levadas a cabo até hoje por ocasião do 25º aniversário de Pontificado do Papa” e foi porta-voz da “devoção particular a Nossa Senhora de Fátima”.
“Quando estive com ele lembrou-me com emoção a viagem de 1982, quando veio a Fátima como um peregrino no meio dos outros peregrinos”, afirmou D. Alfio Rapisarda.
Além das declarações a respeito da Concordata, o representante da Santa Sé em Portugal abordou as funções de uma Nunciatura Apostólica e o impacto dos 25 anos deste Pontificado na Igreja e no mundo.
João Paulo II iniciou o seu Pontificado com um apelo: “abri, escancarai as portas a Cristo”. Segundo D. Rapisarda, estes 25 anos tiveram como objectivo principal “professar solenemente a Fé e a confiança em Cristo”.
“O Papa transferiu a sede do Pontificado de Roma para todo o mundo. Ele quer falar a todos de Cristo, aos ricos e aos pobres, aos homens de cultura e aos diplomatas e ninguém pode negar a coerência e a convicção com que ele transmite essa mensagem”, assegurou.

NUNCIATURAS APOSTÓLICAS
De 92 nunciaturas que existiam no início do actual Pontificado, passou-se em 25 anos para 176 representações diplomáticas da Santa Sé por todo o mundo, num esforço que concretiza neste campo os objectivos do Papa para a sua missão.
“As representações diplomáticas do Papa têm uma personalidade diferente, são uma maneira dele mostrar a sua afeição com o povo e a Igreja de determinado país.
O Núncio em Portugal explicou ainda que a existência de um Estado pontifício, o Vaticano, serve sobretudo para que a missão do Papa não seja condicionada pela “dependência de outros países”.
A representação “pontifícia” em qualquer país não visa “representar um país estrangeiro com interesses políticos, económicos ou militares, mas a sua missão é cuidar dos interesse da Igreja no país onde está creditado”, assegura D. Rapisarda. Neste sentido, o Núncio não se considera um diplomata estrangeiro, mas alguém que cuida dos interesses do país em que se insere.
A experiência de 40 anos do prelado siciliano permite-lha afirmar que “a maior satisfação é sempre sentir-me em casa em qualquer país, porque servir a mesma Igreja e o mesmo povo faz-nos parte de uma família”.

Fonte Ecclesia

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