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O processo de beatificação
2003-10-23 22:14:34

O elevado número de canonizações e beatificações do pontificado de João Paulo II - aumentado com a beatificação de Madre Teresa de Calcutá no Domingo passado - despertou o interesse por um aspecto que parece desafiar a razão: os milagres.

Para os teólogos, um milagre «é o veículo e uma mensagem salvífica, um prodígio extraordinário que suscita admiração. Um evento que ultrapassa as leis materiais», a sua finalidade «não é maravilhar, mas transmitir uma mensagem de salvação», explica D. José Gutiérrez, relator da Congregação vaticana para as Causas dos Santos.
«A beatificação ou canonização é um acto pontifício que se apoia num estudo prévio realizado pela Congregação para as Causas dos Santos», revelou.
Trata-se de um processo que, no âmbito diocesano, recolhe as provas das virtudes do candidato. São examinados os escritos e ouvidos os testemunhos sobre a vida da pessoa sendo depois elaborado um relatório «que na gíria se denomina “Positivo”» em que se recolhem todas as provas. «Depois há a consulta médico-científica para verificar a autenticidade do milagre», sublinhou.
Posteriormente, toda a documentação «passa pela consulta de teólogos e tudo é crivado pelo promotor da Fé, popularmente designado por “advogado do diabo”.
Finalmente, após estas provas, todo o processo passa aos bispos e aos cardeais para terminar chegando ao Papa, que, «tendo em conta as provas e os pareceres das diferentes comissões, beatifica e canoniza», confirmou.
«Em síntese - reafirmou o relator da Congregação para as Causas dos Santos -, para dar vida a causas de beatificação e canonização têm valor as provas, a fama de santidade e o milagre», e este último ponto prova-se através da comissão médico-científica e da «certeza moral», porque o «acto milagroso deve ter ocorrido depois de súplicas, orações ou petições de intercessão».

Fonte Ecclesia

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