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Estádio Nacional Encheu para Festejar o Papa
2003-10-19 13:33:34

O Papa das multidões juntou ontem 40 mil pessoas que encheram o Estádio Nacional, no Jamor (Oeiras), para rezar o terço e festejar os 25 anos de pontificado de João Paulo II, respondendo a um convite do patriarca de Lisboa.

Bombos, cantos, aplausos e muito entusiasmo de mais de duas mil crianças e jovens que, no relvado, desenhavam as contas do rosário completaram a encenação preparada por Filipe La Féria.

De festa se tratou, à medida que o estádio foi enchendo, transformando-o num santuário ou numa catedral. Um grupo de bombos animou a preparação. Pelas 18h, a cruz que preside às Jornadas Mundiais da Juventude entrou no recinto acompanhada por centenas de jovens do patriarcado. A seguir, foi colocada no altar, enquanto chegava a imagem peregrina da Senhora de Fátima, rodeada por centenas de jovens e recebida por milhares de panos e lenços brancos, como se o santuário se tivesse transferido para o recinto desportivo.

Enquanto o dia se ia apagando e o céu se carregava de cinzento, milhares de velas acendiam-se nas bancadas. Na saudação inicial dirigida à multidão, o cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, diz: "Estamos aqui reunidos, não tanto em honra do Santo Padre, mas com o Santo Padre." E refere-se aos "dois grandes amores de João Paulo II" que ali estão representados: "A juventude", com a qual se deseja "que os jovens se descubram como peregrinos da vida"; e a figura da Virgem Maria, "com o título de Nossa Senhora de Fátima".

Mais de dois mil jovens reproduziam, entretanto, um terço do rosário: as 50 contas de cada oração de Avé-Maria eram feitas por 30 jovens, as dos cinco Pai Nosso tinham 50 jovens cada, e mais algumas dezenas de jovens faziam a cruz, que aparecia no centro do relvado. Sucede-se a recitação do terço do rosário, uma oração tradicional popularizada a partir do século XII (ver PÚBLICO de ontem). Entre as cinco partes em que ele se divide, os mistérios, as mais significativas comunidades imigrantes presentes em Lisboa - africanos, timorenses, brasileiros, ucranianos - entoam cânticos, finalizados com um fado religioso.

Também um movimento cénico assinalava cada um dos cinco mistérios: a água do baptismo era um grande pano azul, a transformação da água em vinho eram pranchas que se mudavam da transparência para o vermelho, o apelo à conversão eram balões brancos largados para o ar. Na homilia da missa, com a participação de quatro coros da zona de Lisboa, o patriarca recordou que João Paulo II, "Papa de intervenção e de tomadas de posição decididas, (...) pode não ter agradado a todos." E acrescentou: "De João Paulo II os homens podem não ter ouvido aquilo que gostavam de ouvir; mas se estiverem abertos ao amor, sentiram-se, certamente, amados por Deus."

Fonte Público

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