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As contas feitas
2001-02-27 16:49:50

Nunca existiu um Consistório onde foram criados tantos Cardeais. No seu pontificado, João Paulo II já nomeou 201 Cardeais e, num só dia, criou 44. Actualmente são 183 aqueles que antigamente eram para todos os efeitos “príncipes”, não só da Igreja. Neste momento poderiam entrar num conclave para eleger o sucessor de João Paulo II 135 purpurados, mais 15 do que o número estabelecido em 1973 por Paulo VI.

Restam ainda 23 cardeais criados por Paulo VI, mas só dez com menos de 80 anos, e apenas um, também sem idade para votar, criado por João XXIII. São 68 os países representados pelos cardeais: por continentes, destaca-se o grupo dos 22 países europeus que têm 96 cardeais e, neste grupo, a Itália que, sozinha, tem quase metade – 40 cardeais, embora apenas 24 sejam eleitores. As três Américas são, depois, a área geográfica mais representada no Colégio cardinalício, com 51 cardeais – mas os três países da América do Norte (Canadá, Estados Unidos e México) têm 22 purpurados, enquanto que a restante parte do continente só tem 29. Mais representados do que nos pontificados anteriores ao de João Paulo II estão os continentes africano e asiático, mas ainda estamos longe de a Igreja ter no Colégio cardinalício uma representação proporcional à presença dos cristãos no mundo: a África tem 16 e a Ásia 17.
Como curiosidade final, e como atenuante para quem possa considerar exagerado o fausto que acompanha a criação de um cardeal, recorde-se que, no passado, a cauda das suas vestes media vários metros. Além disso, quando eram nomeados, os cardeais pagavam dez contos como adiantamento para o seu funeral: na realidade, esse dinheiro destinava-se a pagar as cem velas que ardiam em redor do caixão, porque, por vezes os familiares, quando se tratava de pagar as despesas do funeral, faziam ouvidos de mercador a esse a outros pormenores...
Mais uma curiosidade do tempos de outrora, que explica porque decorre um mês entre o anúncio de um consistório para a criação de ovos cardeais e a sua realização: esse tempo era necessário porque os cardeais tornavam-se para todos os efeitos príncipes, e era preciso que os reis fossem informados, por escrito, da existência de novos príncipes nos seus reinos...


Fonte Ecclesia

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