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João Paulo II nomeia 31 novos cardeais
2003-09-28 20:18:14

O Papa João Paulo II anunciou hoje a nomeação de 31 novos cardeais que se vão juntar, a partir de 21 de Outubro, aos 164 que compõem o colégio cardinalício. Aumentam, assim, os sinais de que o Sumo Pontífice prepara a sua sucessão.

Entre os novos cardeais, 19 são bispos das igrejas locais, seis dos quais italianos, e sete são colaboradores da Curia romana, entre os quais o responsável pela diplomacia da Santá Sé, monsenhor Jean-Louis Tauran. Os restantes quatro são eclesiásticos "particularmente meritórios" com 80 ou mais anos, pelo que não são já elegíveis para escolher o sucessor de João Paulo II.

Os novos cardeais vão ser investidos numa cerimónia, agendada para o próximo dia 21 de Outubro, marcando o final das celebrações do 25 º aniversário do pontificado de João Paulo II, que vão decorrer em Roma a partir do próximo dia 16.

Um dos 31 novos cardeais — oriundos de países tão diversos como a Nigéria, França, Espanha, Brasil, Gana, ìndia, Corácia ou Guatemala — foi nomeado "in pectore", ou seja o seu nome permanece em segredo.

Esta fórmula é usada quando o anúncio de um cardeal pode comprometer a sua posição num país considerado hostil a Roma. No entanto, vários analistas consideram que o nome mantido em segredo pelo Papa é o do seu secretário pessoal, o arcebispo polaco Stanislaw Dziwisz.

Esta é a nona vez que o debilitado pontífice, de 83 anos, nomeia novos cardeais e é vista por muitos como possivelmente a última oportunidade para João Paulo II influenciar a escolha do seu sucessor à frente dos cerca de mil milhões de fiéis.

De acordo com as regras instituídas, apenas 120 cardeais, conhecidos como cardeais eleitores, podem participar no conclave, de onde sairá o novo Papa, após a morte ou a renúncia de João Paulo II. As mesmas regras instituem que os cardeais perdem esse direito ao completarem 80 anos.

No entanto, João Paulo II, tal como já havia feito em 2001, voltou a não respeitar esse limite. Até hoje, existiam 164 cardeais, 109 dos quais eleitores, mas a partir de Outubro 136 cardeais passaram a integrar o conclave — um número sem precedentes na história do Vaticano.

Fonte Público

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