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Portugal reage à Carta Pastoral da CEP
2003-09-17 22:11:32 Tem sido grande o impacto da última Carta Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa, "Responsabilidade solidária pelo bem comum", publicada no passado dia 15. Particular destaque têm merecido os sete “pecados sociais” que os bispos apontam no documento: egoísmos individualistas; consumismo; corrupção; desarmonia do sistema fiscal; irresponsabilidade na estrada; exagerada comercialização do fenómeno desportivo e exclusão social.
As reacções conhecidas chegaram da Associação de Cidadãos Automobilizados, tendo Manuel João Ramos felicitado a posição assumida pelos Bispos portugueses e desafiado os mesmos, em declarações à RR “a participarem com a nossa Associação na evocação da memória das vítimas desta tragédia que é a guerra civil nas estradas portuguesas".
Já hoje, em declarações ao DN, as centrais sindicais colocaram-se ao lado da Igreja Católica no que diz respeito às linhas mestras do documento. João Proença, secretário-geral da UGT, diz tratar-se de «uma carta que merece a máxima consideração porque toca em problemas importantes e centrais da nossa sociedade».
O presidente do Conselho Económico e Social, Alfredo Bruto da Costa diz que «este toca em problemas que são sentidos pela grande maioria da opinião pública portuguesa».
Um parágrafo do texto particularmente destacado pelos Meios de Comunicação Social foi o que fazia referência ao equilíbrio das contas públicas e disciplina orçamental, onde se salienta que “o esforço da redução das despesas é benéfico quando se trata de despesas supérfluas, mas é perturbador quando põe em causa o funcionamento harmónico e equilibrado das instituições e a prestação de serviços essenciais com qualidade a toda a população e em especial aos mais carenciados”.
A educação nos valores, o gosto do bem comum, a generosidade como atitude social e a paixão por um Portugal melhor são outras das ideias que mereceram relevo.
Fonte Ecclesia
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