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Deus não é uma questão de neurónios
2003-08-27 23:44:07

A religião não pode ficar reduzida a variações químicas neurológicas - afirmam um Prémio Nobel e um Teólogo em resposta às teses expostas por um dos partidários da chamada “neuro-teologia”.

Num livro recém-publicado em França, “A biologia de Deus” (La biologie de Dieu”, Agnès Viénot éditions), o jornalista de «Science et Avenir», Patrick Jean-Baptiste, diplomado em filosofia e neurociências, afirma que a necessidade de Deus que todo homem experimenta está programada geneticamente.
O objectivo do livro é afirmar que a biologia pode explicar por si mesma os fenómenos religiosos, pois não são mais que fenómenos cerebrais. Algumas enfermidades, segundo o autor, como por exemplo a epilepsia, explicariam a intensidade da vida religiosa nalgumas pessoas.
Renato Dulbecco, Prémio Nobel em Medicina em 1975, um dos promotores do projecto Genoma Humano, não partilha das conclusões do livro por considerar que não são de carácter científico. E adianta que “todas ou quase todas as sociedades humanas imaginaram um Deus, então poderíamos dizer que esta ideia está dentro de nós. Teríamos um cérebro orientado para um ser supremo, e não poderia ser de outro modo, pois é uma criação sua. É possível mas também é possível que não seja assim” - acrescenta o Prémio Nobel em declarações concedidas ao diário romano «Il Messaggero».

Por sua vez, D. Mauro Cozzoli, professor de Teologia Moral da Universidade Pontifícia Lateranense de Roma, autor do livro «Ética teológica da liberdade», afirma que “Sem dúvidas se requer um substrato biológico para as manifestações espirituais”. “Agora – adverte - não podemos reduzir o espiritual ao neurológico. O espírito não se reduz ao neurológico, mais sim transcende-o. O contrário não seria mais que uma prolongação fisiológica”.

Fonte Ecclesia

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