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Papa Insiste no Celibato dos Padres
2003-06-29 18:15:42

O Papa João Paulo II reafirmou ontem que, apesar da crise de vocações e da dificuldade para recrutar novos padres, a regra do celibato dos sacerdotes, uma questão-chave nos acesos debates provocados pelos recentes escândalos sexuais na Igreja Católica, não está em causa.

"O celibato é visto por toda a Igreja como condição para o sacerdócio", afirma o Papa num extenso documento acerca do catolicismo na Europa, onde também é feito um pedido solene de que, na futura constituição europeia "figure uma referência ao património religioso, e especialmente cristão, da Europa".

No início deste mês, negociadores da União Europeia (UE) concluiram um esboço da constituição onde não figurava qualquer referência a Deus ou ao cristianismo, apesar das pressões do Vaticano. Foi dito que uma tal referência poderia minar o carácter secular da UE, mas a Itália, que assumirá a presidência a partir da próxima terça-feira, já revelou a intenção de reabrir este "dossier" em Outubro, quando os governos dos Estados-membros começarem a revisão final do texto.

A multiplicação de escândalos sexuais tem feito subir de tom as vozes que reclamam uma alteração da regra do celibato. Os críticos dizem que, numa sociedade inundada pelo sexo, a linha entre repressão e perversão pode ser muito fina. E há também quem garanta que a impossibilidade de contrair matrimónio tem afastado muitos homens profundamente crentes que gostariam de seguir o sacerdócio, mas não estão dispostos a abdicar de uma família.

João Paulo II discorda desta visão: "Uma mudança nesta questão não ajudaria a resolver a crise de vocações que se faz sentir em muitas partes da Europa", acrescenta o Papa no documento de 134 páginas intitulado "Ecclesia in Europa". O Vaticano garante ainda que não há qualquer ligação entre celibato e pedofilia. "O celibato é um sinal do amor único por Deus e o seu povo", diz João Paulo II.

Fonte Público

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