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Súbito vigor de João Paulo II em vésperas da Semana Santa
2003-04-07 19:29:37

O Papa está bem. É a notícia. A 15 dias da Semana Santa, a saúde de João Paulo II volta à actualidade, não por ausência como no ano passado, mas porque parece ter recobrado as energias.

Na difícil tarefa de interpretação de sinais no Vaticano, há tempos que se vêem evidentes indícios de restabelecimento da saúde de Karol Wojtyla. Na segunda semana de Março, o Papa desmultiplicou-se em audiências, voltou a improvisar discursos e, finalmente,no dia 16 (domingo), pronunciou uma enérgica condenação da guerra, com voz clara e gestos firmes, duas capacidades que há muito tempo o tinham abandonado.
"Voltou-lhe a voz de outrora! Há anos que não o via assim", comentou entusiasmado o seu amigo de infância Jerzy Kluger, que vive em Roma e conhece Karol Wojtyla como se fosse um irmão.
É verdade. O Papa faz-se compreender quando fala, articula perfeitamente as palavras e recobrou a expressão facial. Em 16 de Março passado, quando clamou "Guerra nunca mais!", não parecia fazer esforços para apontar peremptoriamente com o dedo. João Paulo II, que completará 83 anos no próximo mês de Maio, recobrou o vigor físico e revela-se em óptimas condições para enfrentar as fatigantes cerimónias da Páscoa. Serão o teste definitivo do seu estado de saúde. Qual é o segredo deste rejuvenescimento?
Reverência à parte, os jornalistas do Vaticano perdem-se em conjecturas sobre o "doping" ministrado ao chefe da Igreja Católica, tendo em conta as variações de disposição de ânimo que o Papa revela durante os actos em que participa.
Do pouco que se conhece, e para além da famosa questão das pílulas de papaia, este florescimento físico de João Paulo II é resultado de terapia combinada. Segundo os especialistas, a receita mágica é a seguinte: sessões de logopedia para melhorar a pronúncia, sessões de fisioterapia com massagens no rosto para redução da regidez dos músculos faciais, exercícios físicos para combate à artrose da rótula e do ombro direito. Completam o tratamento uma dieta equilibrada, períodos de repouso mais alargados e – o segredo mais bem guardado – um "cocktail" de fármacos.
Luta pela paz
O resultado está à vista de todos, mas não se explica apenas por efeitos da química. A fortaleza psicológica de João Paulo II é outro factor importante, conforme salienta o cardeal Silvestrini, pondo em destaque as posições do Papa em relação à guerra no Iraque: "A luta pela paz está dando forte vigor ao Papa. Ele considera que as suas intervenções reflectem a visão histórica do seu pontificado".
Segundo Silvestrini, prefeito emérito da Congregação para a Igreja Oriental, João Paulo II recobrou um papel de referência moral no plano mundial, "condição em que o Papa sente à flor da pele o sentido da sua missão".

Fonte JN

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