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D. José Policarpo apela à renovação da esperança nas famílias da Amadora
2003-04-01 22:10:29

O sacramento do matrimónio é uma força "que renova e fortifica" que permite começar sempre de novo com esperança renascida, disse D. José Policarpo aos fiéis da vigararia da Amadora.
Apesar da chuva, quase 4 mil pessoas congregaram-se à volta do Cardeal Patriarca de Lisboa para o dia vicarial da família na Amadora, uma das grandes iniciativas da visita pastoral do Patriarca a essa vigararia.


D. José Policarpo explicou que a natureza humana, feita para a comunhão e ferida pelo pecado fecha-se, muitas vezes, a essa vocação. Clarificou não haver necessidade de destruir a natureza mas, a partir da consciência dela, e das dificuldades que a mesma tem em abrir-se à sua vocação, de contar com a graça para conseguir o que não consegue sozinha: "Não vos convido a destruir a natureza, mas a confiar na graça que a potencializa para a sua vocação inicial. Fomos naturalmente feitos para o amor", reforçou.
A celebração do dia 29 de Março, no pavilhão da Académica da Amadora, começou com o testemunho de três famílias sobre a sua vida de família cristã enquanto filhos e pais, netos e avós, maridos e mulheres. O próprio Cardeal falou do que sentia ser família nos nossos dias, falando do acolhimento que a Igreja faz às famílias e, também, do que ainda não faz.
"Falando do coração", como reconhece Margarida Rodrigues - responsável pela pastoral familiar na vigararia - D. José Policarpo pediu às famílias que façam do matrimónio uma caminhada iluminada por Jesus e aprendam o sentido profundo do conceito da "fidelidade". Uma fidelidade que não se entende só no sentido de (não) traição física, mas na capacidade de acolher e olhar o outro no mais íntimo de si.
Os noivos católicos devem partir para o matrimónio com a consciência de mergulhar "num mar onde o amor é missão", lembrou ainda D. José, para amar o outro, com todas as suas miséria, como Deus o ama.
A celebração eucarística foi vivida como um momento "familiar". Numa zona marcada pela imigração e pelos bairros degradados, a voz africana (sobretudo a cabo-verdiana e a angolana) fez-se sentir: todo o ofertório da celebração eucarística ficou marcado pela cultura africana e pela presença destas comunidades.
No final do encontro todos os responsáveis das 19 paroquias manifestaram a sua satisfação. Uma renovação da pastoral familiar na vigararia depende, agora, "de todas as famílias católicas que acreditem no matrimonio como caminho para a santidade que somos convidados a alcançar", refere Margarida Rodrigues à Agência ECCLESIA.
"Depois do compromisso que o Cardeal assumiu de nos indicar caminho como pastor, nós, famílias responsáveis, temos de indicar caminhos e por à sua disposição a ajuda necessária para a renovação da esperança e do amor. Nós, que acreditamos num modelo de família à luz da referência fundamental do mistério de amor da própria Santíssima Trindade, temos de a viver seriamente no plano da igreja doméstica, mas em Igreja, e dar-lhe visibilidade e procurar que seja respeitada na sociedade", conclui.

Fonte Ecclesia

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