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A Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus recebe o Prémio Genebra 2002 para os Direitos Humanos em Psiquiatria
2003-03-25 22:32:43

A Congregação das Irmãs Hospitaleiras recebeu o Prémio Genebra para os Direitos Humanos em Psiquiatria, edição de 2002, atribuído pela Fundação que tem o mesmo nome. Este prestigioso Prémio é concedido de dois em dois anos a pessoas ou instituições que tenham obtido êxitos notáveis no campo da igualdade, humanidade ou excelência na assistência psiquiátrica, contribuindo assim para reduzir a ignorância ou a discriminação de doentes psíquicos e promovendo o respeito pelos direitos humanos e a Ética no campo da Psiquiatria.

A Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus foi fundada em Ciempozuelos (Madrid), em 31 de Maio de 1881, por S. Bento Menni, um sacerdote italiano da Ordem de S. João de Deus, juntamente com as espanholas Maria Josefa Recio e M. Angustias Giménez, que desde a sua origem dedicou a sua atenção aos doentes mentais e a pessoas com deficiências físicas e psíquicas. A Congregação destacou-se pelo seu trabalho a favor da humanização da assistência psiquiátrica, adaptando-se aos diferentes ambientes geográficos e culturais, mas distinguindo-se sempre pela sua actuação a favor dos mais desfavorecidos e marginalizados. Por exemplo, foi pioneira no momento de incorporar a mulher no mundo da saúde mental, quer na prática psíquica quer como destinatária de cuidados, numa época em que a marginalização da mulher limitava o seu acesso aos cuidados de saúde especializados. Ao mesmo tempo que mantém a sua identidade como instituição católica, a sua actuação não obedece a quaisquer limitações geográficas, culturais, religiosas ou de qualquer outra espécie.

O Prémio Genebra reconhece o trabalho internacional da Congregação das Irmãs Hospitaleiras e foi atribuído ex-aequo também ao Prof. Roy Mcclellanda. Actualmente, a Congregação está presente em 25 países da Europa, América, África e Ásia, e assiste todos os anos milhares de pessoas portadoras de deficiências mentais. O seu projecto baseia-se nos valores cristãos da hospitalidade e caracteriza-se por programas que visam a reabilitação das pessoas vítimas de doenças mentais, reduzindo as consequências dessas doenças no âmbito pessoal, laboral e social, bem como diminuindo os efeitos que elas produzem no ambiente familiar. Por outro lado, consciente da marginalização e do estigma que historicamente acompanharam os doentes mentais, a Congregação inclui também entre os seus objectivos contribuir para a construção de um espaço social favorável ao doente mental e promover acções de esclarecimento e de sensibilidade social, tendo em vista favorecer mudanças de atitude em relação às doenças mentais nos diferentes países onde desenvolve o seu trabalho.

A Superiora Geral da Congregação, María Camino Agós, ao dirigir-se a toda a Família hospitaleira para comunicar a atribuição deste galardão, exortava a não o considerar tanto como um sinal de distinção, mas sim como a expressão do reconhecimento de um esforço constante que, desde as suas origens, em 1881, continua a dar os seus frutos nos dias de hoje. Desta forma, este prémio é mais uma oportunidade para prosseguir na missão de assistência aos doentes mentais até lhes ser reconhecido universalmente o lugar que lhes compete como pessoas na sociedade humana.

Fonte Ecclesia

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