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Jornais Católicos
2003-03-23 10:48:44

O presidente da Associação de Imprensa Católica (AIC) contestou as propostas do Governo de cortar nos apoios ao porte pago, alegando que a diminuição de títulos poderá causar a redução do número de leitores.

No final de uma assembleia geral onde foi reeleito para presidente da associação, anteontem, em Fátima, Salvador Santos mostrou-se preocupado com as propostas do Governo para o sector, considerando que uma excessiva empresarialização dos títulos vai conduzir à redução da oferta no mercado.

"Querer acabar com o porte pago apenas para poupar alguns tostões é uma má solução", afirmou este responsável, salientando que Portugal "é o país da Europa que lê menos" e uma política que olha apenas para uma estratégia de lucro poderá ser fatal para o sector . O Governo está, como o PÚBLICO já noticiou, a preparar um pacote legislativo para o sector e assumiu, entre outras medidas, que "há alguns ajustamentos a fazer" em matéria de subsídios.

"Se já temos poucos leitores, com o fim de alguns títulos, os problemas poderão agravar-se", salientou Salvador Santos, segundo a Lusa, rejeitando as tentativas de ver este sector apenas com "uma lógica economicista" e não através de uma "visão integrada".

Reconhecendo que é necessário promover ainda mais a profissionalização dos quadros e das estruturas dos jornais regionais, o presidente da AIC teme que a futura legislação crie mais problemas do que aqueles que existem. "Não conhecemos as propostas e estamos às escuras", afirmou, salientando que a estratégia da AIC tem sido "ajudar os jornais a profissionalizarem-se e a empresarializarem-se".

"No sector da imprensa de inspiração cristã temos grandes jornais regionais que estão organizados de forma empresarial e já possuem uma estrutura profissional mas também temos muitos jornais feitos por carolice", alertou.

O fim do porte pago conduziu os títulos mais pequenos a "problemas graves de solvência" que só poderão ser suportados através do reforço de parcerias estratégicas, referiu. Mas, para que isso suceda, o Governo tem de ter "sensibilidade para os jornais de menor dimensão" e não dar "prioridade apenas aos grandes títulos", defendeu Salvador Santos.

Fonte Público

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