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PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS GRAVES E PESSOAS SÓS - UM APELO FRATERNO PARA ESTA QUARESMA
2003-03-04 08:57:39

Nesta Quaresma proponho à reflexão e à generosidade dos cristãos da Diocese duas situações humanas e sociais, que podem e devem merecer a atenção de cada um e de cada comunidade paroquial. Trata-se das pessoas com deficiências profundas e graves e de todos os que vivem uma solidão dolorosa.

A Quaresma é sempre um convite à generosidade que destrói o egoísmo e a tendência que o alimenta e desenvolve. O coração humano molda-se à solidariedade por actos, não por simples desejos.
Neste ano em que se nos pede uma especial atenção para com as pessoas tocadas por deficiências graves e permanentes, as paróquias devem tomar consciência destas pessoas e das suas famílias e do peso, normalmente grande, da sua cruz, organizando-se para lhes prestar os auxílios e ajudas possíveis.
Há hoje instituições orientadas para apoio e promoção destas pessoas e podemos testemunhar como o seu trabalho e o seu empenhamento permitem que elas alcancem resultados impensáveis. Mas há sempre espaço para a solidariedade, traduzida em carinho, afecto e partilha de tempo que permita aliviar o dia-a-dia, por vezes bem pesado, das suas famílias.
As pessoas que vivem sós ou que mesmo não vivendo assim se sentem marcadas por uma solidão deprimente esperam sempre algum lenitivo e encorajamento de quem as visitar regularmente e lhes leve um pouco de carinho e atenção.
De umas e de outras cada paróquia deve fazer o inventário, em ordem a uma acção consequente. Começa aí o seu empenhamento.
Sem conhecimento objectivo, nenhum gesto de amor será possível.
Há novas formas de pobreza na nossa sociedade que são uma interpelação permanente aos cristãos e às comunidades.
Tudo isto pode ser uma maneira de assumir, de modo vivencial, a palavra que o Papa traz à Igreja nesta Quaresma: "A felicidade está mais em dar do que em receber". Esta verdade disse-a Cristo com a sua vida e cada crente é chamado a fazer dela uma experiência pessoal renovadora.
A Quaresma é um tempo propício para acolher este desafio.

António Marcelino, Bispo de Aveiro

Fonte Ecclesia

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