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Papa envia cardeal ao encontro de Bush
2003-03-04 08:39:58

João Paulo II enviou, ontem, um cardeal para Washington, com a missão de entregar uma mensagem de paz ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.
O cardeal Pio Laghi, amigo de longa data da família Bush, deverá ser recebido amanhã pelo presidente norte-americano, a quem entregará a mensagem do Papa, o qual defende uma solução político-diplomática para a crise iraquiana.


Sublinhe-se que, ontem, chegou a ser dada como certa a presença do próprio João Paulo II no Conselho de Segurança da ONU, em Nova Iorque, mas já ao fim da tarde o Vaticano, através do seu porta-voz, Joaquín Navarro Valls, garantiu que o Papa "nem sequer pensou em semelhante possibilidade".

Outras fontes do Vaticano reconheceram, contudo, que o Santo Padre recebe diariamente centenas de cartas, pedindo-lhe que se desloque aos Estados Unidos e convença Bush a desistir da guerra.
Apenas ontem a Santa Sé recebeu 500 cartas e comunicações de todos os tipos (telegramas, e-mails, etc.) naquele sentido. Algumas também sugeriam a João Paulo II que seguisse sem demora para Bagdade, de forma a pressionar Saddam Hussein para que este acelere
o desarmamento, conforme é exigido pela comunidade internacional.

Segundo fontes da Santa Sé, a possibilidade de o Papa se deslocar ao Conselho de Segurança terá sido mencionada há duas semanas no Vaticano, durante a visita efectuada pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, a João Paulo II.
Na semana passada, entretanto, um grupo de líderes religiosos norte-americanos fez chegar uma carta ao Santo Padre, expressando o seu desejo que o líder da Igreja Católica se desloque às Nações Unidas.

Fontes diplomáticas da Santa Sé consideram que estas acções paralelas do Papa ante os protagonistas da crise, Iraque e Estados Unidos, representam uma importante opção para que se evite um conflito armado.
As mesmas fontes do Vaticano consideram que se o Papa falasse com Bush, de confissão metodista, este não deixaria de o escutar. Recorde-se que João Paulo II apelou aos 1,5 mil milhões de cristãos de todo o Mundo que façam do dia de amanhã uma imensa oração pela paz.
Sabe-se entretanto que o cardeal Laghi recebeu instruções para fazer todo o possível no sentido de convencer Bush de que um ataque unilateral fora da ONU contra o Iraque seria "um crime contra a paz", conforme sublinhou o responsável pela diplomacia da Santa Sé, monsenhor Jean Louis Tauran.

Recorde-se que Bush já disse por diversas vezes que levantaria avante a operação contra o Iraque, com ou sem o aval da ONU.

Fonte JN

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