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Cristãos comprometem-se em torno da unidade da Igreja
2001-01-30 21:01:23

Os representantes da Conferência das Igrejas Europeias (CEC, que reúne protestantes, anglicanos e ortodoxos) e do Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE, que agrega bispos católicos) reforçaram os compromissos de voltar à "unidade da Igreja", expressos na Carta Ecuménica Europeia, que deverá ser assinada, em Abril, pelas duas organizações.


O encontro anual da Comissão Conjunta CEC-CCEE _ que juntou 12 responsáveis das duas organizações _ terminou, ontem, no Seminário de Vilar (Porto). Além do debate dos vários assuntos em agenda, os bispos participaram numa celebração eucarística, na Sé, e numa reunião de informação e diálogo, na Igreja Metodista do Mirante.
D. Fernando Soares, bispo da Igreja Lusitana, que participou no encontro em substituição do norueguês Finn, disse ao JN que os trabalhos tiveram como principal objectivo ultimar a Carta Ecuménica Europeia, concretizando, assim, as recomendações da Assembleia de Graz (Áustria), de Julho de 1999.
O documento visa, de acordo com o bispo anglicano, que as diversas igrejas se obriguem a "um conjunto de compromissos para uma actividade mais ecuménica". Ou seja, preparar o terreno para que as cúpulas e as bases das várias igrejas cristãs "caminhem para a unidade", sem que isso signifique acabar com as diferenças litúrgicas, que caracterizam cada organização.

Comunhão no ministério
Fernando Soares sintetiza a ideia dizendo que é preciso "criar uma comunhão no ministério e nos sacramentos", para que todos possam partilhar da "mesma mesa eucarística", independentemente do pastor celebrante. A assinatura da Carta vai dominar o 7º Encontro Ecuménico Europeu, que decorre, de 17 a 22 de Abril, em Estrasburgo, cuja organização também esteve a ser finalizada na reunião do Porto.
Outro assunto que mereceu a atenção dos responsáveis da CEC e do CCEE foi o documento "Dominus Iesus", do cardeal Ratzinger (católico), recebido com reservas por vários sectores ligados ao movimento ecuménico, incluindo dentro da própria Igreja Católica Romana. Segundo D. Fernando Soares, discutiu-se se o documento influenciou, de alguma forma, o ecumenismo e concluiu-se que não, uma vez que unânime a vontade de continuar esse esforço.

Fonte JN

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