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VIII Jornadas Nacionais do Apostolado dos Leigos - conclusões
2003-02-17 21:04:51

Os participantes nas VIII Jornadas Nacionais do Apostolado dos Leigos, reunidos em Fátima, entre os dias 14 e 16 de Fevereiro de 2003, reflectiram sobre o tema “Interacção Positiva dos Grupos Humanos na Sociedade e na Igreja: Homens e Mulheres; Jovens e Idosos”.

Neste sentido, consideraram que o Apostolado dos Leigos deverá ter como pano de fundo a identidade dos seus agentes e dos seus destinatários, na qual se destacam dois elementos fundamentais: a dimensão biológica da pessoa e o seu contexto social e histórico. Em relação ao primeiro elemento, são evidentes as diferenças de idade e de sexo. Em relação ao segundo, importa atender não só às condicionantes do meio geográfico e social, mas também à forma como cada cultura encara as diferenças de idade e de sexo. A este propósito, importa relativizar certos conceitos e estereótipos que estão na base dos nossos julgamentos e da nossa acção, tais como os conceitos de masculino e de feminino, de jovem e de idoso… Por outro lado, perante uma sociedade marcada por uma constante imprevisibilidade, importa levar em
consideração todos estes elementos na construção da identidade pessoal, de modo a permitir uma base de continuidade no processo de uma constante transformação. Para isso é fulcral a interacção com outras identidades, através do relacionamento interpessoal e da inserção em grupos. A capacidade de influenciar e ser influenciado constitui a base teórica da nossa acção como militantes na sociedade e na Igreja, evitando, assim, os extremos do triunfalismo e do imobilismo.
Em consequência destes pressupostos, sentiu-se a necessidade de:

1. valorizar a diversidade de carismas, movimentos e grupos no seio da sociedade e da Igreja, de acordo com a especificidade de sexo, idade e condição sociocultural;

2. encontrar formas de relacionamento entre os vários movimentos e grupos, através do conhecimento mútuo, da partilha e de acções comuns;

3. fundamentar a espiritualidade de comunhão entre todos os movimentos e grupos na referência comum à pessoa de Jesus Cristo, modelo de Homem Novo, e na consciência de pertença à mesma Igreja;

4. praticar um relacionamento franco com todos os grupos constituintes da nossa sociedade, sejam de que credos forem ou mesmo que não possuam referências religiosas, no sentido de contribuir para a comum transformação das condições de vida do homem contemporâneo;

5. tomar consciência das circunstâncias específicas que marcam, de modo particular, a situação actual da sociedade portuguesa, no sentido de melhor poder avaliar as condições de construção das identidades pessoais e com a finalidade de intervir de maneira mais adequada na superação dos problemas que especialmente a afectam;

6. assumir, de forma humilde mas clara, o elevado significado que a identidade cristã, marcada pela fé pessoal e comunitária em Jesus Cristo, pode representar, como estratégia de sobrevivência identitária na complexidade e adversidade da sociedade actual.

Fátima, 16 de Fevereiro de 2003

Secretariado de Informações do Santuário de Fátima


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