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Igreja Quer Paróquias a Colaborar com Hospitais
2003-02-17 17:58:50

A Igreja Católica quer pôr as suas paróquias a colaborar com os hospitais e unidades de saúde da zona em que se inserem, criando ao mesmo tempo serviços de acompanhamento dos doentes. A ideia foi explicada ao PÚBLICO pelo padre Victor Feytor Pinto, responsável da Comissão Nacional de Pastoral da Saúde (CNPS), da Igreja Católica, que estabeleceu mesmo uma meta: dentro de um ano ou ano e meio, Feytor Pinto quer que, pelo menos no Patriarcado de Lisboa, haja uma centena de paróquias já com este serviço a funcionar.

De acordo com este responsável, este serviço das paróquias no âmbito da saúde incluiria três componentes: uma primeira, de educação para a saúde, numa dinâmica de medicina preventiva, abrangendo questões como os hábitos de consumo, a alimentação, os comportamentos sexuais ou a prevenção do "stress".

A segunda vertente seria a do acompanhamento e serviço aos doentes, de "pontes com os hospitais da zona". Como exemplo, Feytor Pinto fala do que se passou domingo passado, na celebração do Dia Mundial do Doente. O patriarca celebrou missa no Hospital Amadora-Sintra e, no final, o próprio responsável da CNPS propôs que as 19 paróquias da vigararia (equivalente ao concelho) da Amadora estabelecessem uma relação mais intensa com aquele hospital. Seria, explica, uma relação a dois tempos: quando há pessoas da paróquia no hospital, tenta-se que haja apoio aos doentes; quando estes vão para casa, a paróquia continuaria a apoiar, com a ajuda dos serviços hospitalares.

Esta dinâmica teria ainda, diz, a vantagem de sair economicamente mais barata. Um doente em casa custa 500 euros por mês, enquanto o mesmo doente hospitalizado gasta quase 300 euros por dia.
Esta proposta vem ao encontro do que o próprio Papa João Paulo II escreveu, na sua mensagem para o Dia Mundial do Doente: "Há-de ser prestada a devida atenção aos doentes que permanecem em suas casas, uma vez que o internamento hospitalar se vai reduzindo cada vez mais, encontrando-se frequentemente aqueles confiados aos seus familiares." O Papa nota mesmo que "nos países onde faltam centros de cura adequados para doentes terminais, também estes são deixados nas suas casas".
O serviço paroquial de ajuda aos doentes deverá incluir ainda uma terceira vertente, de apoio espiritual. A relação entre a dimensão social e espiritual, bem como a oração e os sacramentos, cabem nesta vertente.
Neste momento, em Portugal, há já algumas paróquias a entrar nesta dinâmica. Em Lisboa, há 83 a fazer experiência e, destas, 24 já têm trabalho realizado, diz o padre Feytor Pinto.

Fonte Público

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