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Igrejas lusófonas reforçam cooperação
2003-01-13 21:46:47

O4.º Encontro das Igrejas Lusófonas estava previsto para Setembro do ano passado, mas o bispo de Cabo Verde, D. Paulino do Livramento Évora, sugeriu, por questões climatéricas e logísticas, que fosse transferido para Janeiro, sendo entretanto agendado para os próximos dias 14 a 17.

Tal como aconteceu em Lisboa-Fátima (Portugal), Luanda (Angola) e Brasília (Brasil), será mais um momento de aproximação das igrejas católicas dos oitos países de língua portuguesa, para definição de estratégias comuns e aprendizagem mútua.
Às oito igrejas lusófonas corresponderão uns 100 milhões de católicos, mais de 300 dioceses e uns 500 bispos.
O estreitamento das relações entre as igrejas de língua portuguesa é um processo que se intensificou por ocasião da abertura das comemorações dos 500 anos de evangelização das comunidades cristãs fora da Europa, no âmbito da jurisdição portuguesa.
O 1.º Encontro das Igrejas Lusófonas, em Lisboa-Fátima, foi em 1996.
Desde então, os delegados das diferentes igrejas fizeram questão de afastar qualquer veleidade de neocolonialismo, para sublinhar a vontade de "colaboração em plano de igualdade".
A Fundação Evangelização e Culturas (FEC) é quem cuida da organização e da logística dos encontros.
A FEC nasceu do trabalho realizado pelo Secreatariado Nacional para as Comemorações dos Cinco Séculos de Evangelização e Encontro de Culturas e para lhe dar sequência. Tem agido como órgão de apoio à Conferência Episcopal Portuguesa, à Confederação Nacional
dos Superiores Maiores dos Institutos Religiosos (CNIR), à Federação Nacional das Superioras Maiores dos Institutos Religiosos (FNIR) e à Federação Nacional dos Institutos Seculares (FNIS), nas vertentes da cooperação e da missionação com outras igrejas e povos.
Compete à FEC privilegiar o incremento da comunhão entre a Igreja Católica em Portugal com as igrejas irmãs de língua oficial portuguesa (Angola, Moçambique, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Brasil e Timor Lorosae).
As igrejas lusófonas em comunhão valem-se da língua e da tradição comuns, no respeito pelas fiferenças históricas, étnicas e culturais.
O saldo dessa cooperação mutuamente vantajosa é já muito positivo e mostra-se com projectos de desenvolvimento.
Se quiséssemos estabelecer um paralelo com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, diríamos que as igrejas lusófonas têm, talvez, avançado mais do que essa generosa iniciativa dos políticos.
Uma das acções daqueles encontros foi a criação do boletim "Igrejas Lusófonas em Comunhão", em versão tipográfica e on-line. No primeiro número, escrevia o cardeal-patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Policarpo: "Era
importante que cada uma das nossas igrejas pudesse identificar o seu próximo, enquanto circunstância exigitiva de caridade, nas igrejas nossas irmãs, que louvam a Deus na mesma língua, o Português, que está entre as que mais se fazem ouvir no Céu".
Não foi em vão que se passaram, entre luzes e sombras, cinco séculos a partilhar experiências no campo da fé, sobretudo no esforço da evangelização. Agora, no respeito pela diversidade dos países e das suas culturas, os católicos dos oito países irmãos podemcrescer na comunhão fraterna.

Fonte Ecclesia

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