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Missa multicultural na igreja de Arroios
2002-12-23 14:27:42

Várias centenas de imigrantes oriundos de muitos pontos do mundo reuniram-se ontem na Igreja de São Jorge de Arroios, em Lisboa, para rezar por uma vida melhor.

"Esperemos que as leis do trabalho e da imigração se alterem para melhor, que consigamos saláriosjustos e reconhecidos, direito a assistência médica, educação e habitação", pediu Maria José, angolana, há dois anos a viver em Portugal, e representante do Lumen Gensun (Luz dos Povos), um coro fundado há 11 anos e constituído por 30 pessoas naturais de vário
s países de África.
A missa de Natal dos imigrantes, onde se destacaram claramente cidadãos da Europa de Leste, foi presidida pelo cardeal patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, auxiliado pelos padres Vaz Pinto, comissário para a Imigração e Minorias Étnicas, e Delmare, da paróquia de São Jorge de Arroios.
Na cerimónia estiveram presentes, entre outros, Santana Lopes, presidente da Câmara de Lisboa, acompanhado pelos vereadores Carmona Rodrigues e Teresa Xavier Pintado.
Durante a sua intervenção, D. José Policarpo salientou a importância de um tão grande número de comunidades se encontrar reunido no mesmo espaço com o mesmo fim. "Esta assembleia mostra-nos a riqueza da Igreja. Várias línguas, vários ritos, várias culturas,
tão diferentes, mas tão unidos à volta do segredo de Deus", frisou.
Lisboa apoia imigrantes
No fim da missa, em declarações aos jornalistas, Santana Lopes mostrou-se orgulhoso por presidir a uma autarquia que acolhe tantos cidadãos de vários pontos do mundo, principalmente da Europa de Leste.
"Não são só eles que ganham connosco. Nós também ganhamos muito com eles", disse. "Temos uma grande responsabilidade para com estes imigrantes porque também nós, portugueses, já emigrámos", acrescentou.
Apesar de se mostrar preocupado, sobretudo, com os muitos imigrantes que vivem clandestinamente na cidade, Santana Lopes frisou que "Lisboa não vai mandar ninguém embora". Adiantou que a autarquia está apostada na sua integração, através da construção de espaços de convívio e de lazer, bem como de habitação, e na promoção da educação dos seus descendentes, de modo a que, não perdendo a ligação à sua cultura de origem, possam integrar-se o melhor possível na comunidade de acolhimento.
No final da cerimónia, alguns elementos dos "Arautos do Evangelho" de Portugal, a primeira associação erigida pela Santa Sé neste terceiro milénio, tocando e entoando canções natalícias, realizaram uma procissão até ao presépio instalado na Alameda D. Afonso Henriques, acompanhados de algumas dezenas de fiéis.

Fonte JN

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