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Arquidiocese de Boston falida
2002-12-09 09:31:20

Perante a avalancha de denúncias contra padres pedófilos, a arquidiocese de Boston, nos EUA, à frente da qual está o polémico bispo Bernard Law, tenciona alegar falência financeira. Actualmente, estima-se que terá de pagar indemnizações a 450 queixosos, após já o ter feito, mais discretamente, em muitos casos nos últimos anos.

Até hoje, nenhuma diocese americana avançou por este caminho. Os únicos precedentes de situações que raiaram o limite registaram-se nos anos 90 quando as dioceses de Santa Fé e de Dallas pagaram indemnizações de 50 e 30 milhões de dólares, respectivamente. No início de 2002, a arquidiocese de Boston pagou dez milhões de dólares às 86 vítimas do padre pedófilo John Geoghan.

Detractores desta medida, que, para ser aplicada, carece da autorização prévia do Vaticano, alegam que a declaração de falência servirá para não pagar os montantes definidos em tribunal. Como disse o advogado Mitchell Garabedian, que representa muitos dos queixosos, tudo isto poderá ser apenas um bluff. Mas também há o reverso da medalha: segundo Thomas ONeill, antigo conselheiro de Law, a declaração de falência financeira pode ser interpretada pelos dois milhões de católicos de Boston como uma declaração de «falência moral». De facto, tudo isto está a acontecer na sequência de mais revelações, escabrosas, sobre as condutas de vários padres da diocese.

Mas os escândalos estendem-se a outros locais dos EUA e até galgam fronteiras. Na diocese católica de Phoenix (Arizona), dois padres foram detidos este mês por pedofilia: Patrick Oliver Colleary e John Maurice Giandelone são acusados de molestar sexualmente dois meninos. Já em Fremont, Robert Freitas, de 57 anos, já afastado das suas funções sacerdotais, assumiu-se como culpado, em tribunal, pelo mesmo motivo.

O chefe da Igreja Católica de Inglaterra e País de Gales, o cardeal Cormac Murphy-OConnor, está a ser altamente contestado por, nos anos 80, não ter afastado, antes o transferindo para outra paróquia, o padre pedófilo Michael Hill, a despeito de o seu comportamento já ser conhecido.

Fonte DN

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