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Bispos portugueses dão linhas de orientação
2002-11-14 22:27:37

Encerrou hoje, em Fátima, na Casa de Nossa Senhora das Dores, a 151ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) com a participação dos Presidentes da Federação Nacional das Superioras Maiores dos Institutos Religiosos Femininos (FNIRF) e da Federação Nacional dos Institutos Seculares (FNIS).

Esteve também presente Mons. Leo Cushley, Encarregado de Negócios da Nunciatura Apostólica. O Presidente da Conferência Nacional dos Superiores Maiores dos Institutos Religiosos (CNIR) esteve ausente por motivo de doença.
A partir desta reunião que decorreu desde o passado dia 11, os prelados portugueses fizeram publicaram dois documentos: uma Nota Pastoral “O trabalho na sociedade em transformação” e “Bases para a Pastoral Juvenil”.
D. José Policarpo, ao ser questionado acerca da posição da Igreja Portuguesa face ao novo Código do Trabalho foi peremptório ao afirmar que «não é papel da Igreja aprovar ou reprovar este novo código de trabalho».
Nas palavras de introdução do documento publicado a CEP torna claro que reconhece «a autonomia própria e correctamente entendida das “realidades terrenas”. Não iremos debruçar-nos sobre os aspectos técnicos ou de pormenor do documento governamental. Mas a nossa solicitude pastoral leva-nos a intervir neste processo, propondo princípios de reflexão, critérios de discernimento e interpelações à acção, contidos no ensinamento da Igreja em matéria social, por forma a iluminar algumas questões emergentes do debate».
No documento sobre a Pastoral Juvenil os bispos portugueses lançam um apelo aos agentes pastorais para que «sejam testemunhos de fé, tenham sentido comunitário, capacidade de diálogo e possuam as competências necessárias. Não devem ter receio de apresentar aos jovens horizontes e caminhos de exigência, como a santidade pessoal, o testemunho cristão inequívoco, a capacidade de entrega definitiva e a tempo inteiro ao serviço do Evangelho, a capacidade e a coragem da denúncia e da apresentação, em lugar próprio, de novas propostas de vida e de acção de sentido evangélico».
Às paroquias é dirigido o repto para «proporcionar aos jovens as fontes da vida espiritual, lugares de acolhimento e de encontro e espaços concretos de participação, que expressem igual preocupação por parte dos membros das respectivas comunidades».
Quanto à questão da inclusão da disciplina de EMRC numa 26.ª hora do plano curricular do 1.º ciclo do ensino básico, a Assembleia Plenária decidiu subscrever a posição do Presidente da CEP, formulada no discurso de abertura dos trabalhos. Nesse discurso, o cardeal patriarca de Lisboa afirmou que: «Rejeitamos (CEP) qualquer solução que coloque esta disciplina fora do tempo curricular. A 26.ª hora só pode ser interpretada como alargamento do tempo curricular e não como uma hora a mais para a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica, o que acarreta como consequência que esta disciplina possa ser leccionada em qualquer das 26 horas. O contrário seria discriminação dos alunos que nela se inscreveram, a acrescentar às previsíveis dificuldades nos transportes e à própria presença dos docentes responsáveis pela turma, que têm como tempo lectivo 26 horas e não 25. Esperamos vivamente que a regulamentação do diploma salvaguarde, de forma inequívoca, estes aspectos».
No Comunicado Final foram divulgados os nomes da nova Comissão nacional de Justiça e Paz e as datas e locais de realização de futuras actividades das Comissões Episcopais. Ainda neste documento são referidas a aprovação dos estatutos da Associação Portuguesa de Museus da Igreja Católica e a criação de um Serviço Nacional de Vocações, organismo que será coordenado pela Comissão Episcopal do Clero, Vocações e Seminários e composto por delegações representantes das entidades diocesanas, da CNIR, FNIRF e FNIS.
A última Assembleia Plenária da CEP neste ano, manifestou a sua condenação aos raptos de D. Jorge Jimenez, Arcebispo de Zipaquira e Presidente da Conferência Episcopal Latino-Americana (CELAM), e do P. Desiderio Orjuela.

Santuário de Fátima – Reitoria
Centro de Comunicação Social


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