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Conclusões do II Encontro Nacional das Cáritas Paroquiais
2002-11-12 21:32:08

O II Encontro Nacional das Cáritas Paroquiais, realizado em Fátima a 9 de Novembro de 2002, reuniu representantes de quase todas as dioceses nacionais e debruçou-se sob o tema “ É urgente globalizar a solidariedade”.

Dois grandes motivos originaram este encontro:

1º Motivar e ajudar as comunidades cristãs para que em cada paróquia haja um serviço de acção social da Cáritas.

2º Falar sobre a globalização que neste momento levanta problemas de justiça e equidade, pela forma como está a ser aplicada e sobretudo atender às palavras do Santo Padre que nos pede para globalizar a solidariedade.

Na primeira intervenção D. António Marcelino abordou o tema solicitude universal na vida de uma paróquia, referindo:

. A vida concreta da Igreja processa-se na paróquia; é ela quem aproxima a Igreja das pessoas e dos seus problemas.

. Assim, é necessário pensar global para agir local, ou seja, ter uma visão global do mundo, como o olhar de Deus, e ter os pés bem assentes no chão, principalmente trabalhar no terreno.

. A globalização trouxe a ideia de uma única família humana. A Igreja não é contra a globalização nem tem aí um testemunho a dar, algo a dizer.

. A paróquia não se pode fechar ao mundo, deve ser sensível aos seus problemas.

. Actualmente coloca-se um grande desafio à Igreja que é o de saber conjugar o empenho sério pelos direitos humanos universais com a proclamação das bem aventuranças, isto é: fazer o bem à maneira de Jesus Cristo.

. A Eucaristia Dominical, é a escola onde se aprende a solicitude do amor e a solidariedade fraterna sem limites (é necessário prestar atenção a quem vai, pois estas pessoas irão levar a mensagem a muitas outras).

. As Cáritas Paroquais têm um papel muito importante. É com gestos concretos que se faz a educação para a caridade. A missão da Cáritas é provocar a comunicação cristã dos bens. Ela é a voz dos problemas da paróquia. É a paróquia em acção, que deve ir ao encontro de todas as formas de pobreza.

. É ainda necessário uma atenção especial aos jovens, que muitas vezes se afastam após o crisma, perdem o horizonte, o sentido da vida. Para eles a acção social poderá ser um desafio aliciante e é importante que a Igreja os saiba acolher e ouvir as suas ideias e sugestões, sendo importante o papel que a pastoral juvenil deverá assumir.

. Quem aprender na juventude o caminho do pobre não o perde mais.

Da intervenção do Dr. Guilherme de Oliveira Martins “da Globalização económica à globalização da solidariedade”, será de reter:

. Actualmente fala-se muito da globalização económica e muito pouco da globalização da solidariedade.

. Porém, o termo economia remete para a gestão do bem comum e acima disso tem de estar a dignidade humana.

. Assiste-se cada vez mais a um agravamento dos problemas do desenvolvimento.
Aumenta o fosso entre ricos e pobres. Há uma grande indiferença da responsabilidade colectiva quanto ao futuro.

. Deste modo não funciona a globalização. Esta tem de ser solidária, é necessário que exista inter ajuda e respeito mútuo.

. Sobretudo é importante que se aplique à globalização o princípio da subsidariedade o que possa ser resolvido no local, próximo das pessoas, assim deve ser. Deve ser pensado numa solução global e resolvido a nível local.

. Deverá ser uma responsabilidade comum a diminuição das desigualdades, colocando sempre a dignidade humana no cerne da questão, pois sem essa não haverá globalização.

Fonte Ecclesia

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