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Papa assinou nova carta apostólica: "Novo Millennio Ineunte"
2001-01-10 23:21:11

João Paulo II, por ocasião da conclusão do Grande Jubileu do Ano 2000, dia 6 de janeiro, assinou no final da celebração eucarística uma nova Carta Apostólica intitulada "Novo Millennio Ineunte", ou seja, Novo Milênio que se inicia.

Nesta Carta Apostólica o Papa faz um balanço do Ano Santo e indica as perspectivas para a caminhada da Igreja após o Jubileu. O documento, escrito em latim, italiano, francês, inglês, alemão, espanhol e português, está estruturado em quatro capítulos, com um único motivo condutor: Cristo. O primeiro capítulo - O encontro com Cristo, legado do Grande Jubileu - move-se ao ritmo da memória. João Paulo II relê os principais acontecimentos do ano jubilar, não tanto para fazer um balanço deles, como sobretudo para elevar um hino de louvor e, ao mesmo tempo, "decifrar" as mensagens que o Espírito de Deus enviou à Igreja ao longo deste ano de graça. Mais do que fatos exteriores, João Paulo II vê o Grande Jubileu principalmente como um acontecimento de graça, esperando que tenha atingido existências sem conta, orientando-as para um caminho de conversão. O título exprime justamente a conclusão a que o Papa chegou: um renovado encontro com Cristo é o verdadeiro "legado" do Jubileu, que importa agora conservar e investir no futuro. O segundo capítulo - Um Rosto a contemplar - caracteriza-se por uma forte inspiração contemplativa. Antes de debruçar-se sobre o futuro para ver imediatamente as ações a desenvolver, o Papa convida a Igreja a não perder de vista - antes, a aprofundar - a contemplação do mistério de Cristo, permanecendo com os olhos fitos no seu rosto.
Os dois capítulos seguintes entram diretamente no âmbito da programação. O terceiro - Partir de Cristo - abre com o apelo às Igrejas locais, convidando-as a prosseguir e aprofundar a sua programação pastoral, conforme as exigências dos diversos contextos. Por conseguinte, a Carta não pretende traçar uma espécie de plano pastoral para toda a Igreja, mas limita-se a indicar algumas urgências e prioridades. O último capítulo - Testemunhas do amor - continua a falar da programação, mas agora na vertente da comunhão, da caridade, do testemunho no mundo. A comunhão, vista pelo Concílio Vaticano II como categoria central para descrever o próprio mistério da Igreja, é apresentada pelo Papa partindo da sua dimensão espiritual para passar depois às exigências práticas que daí derivam. O Papa refere os múltiplos desafios que interpelam a Igreja, impelindo-a a tornar-se, com renovada "fantasia" e generosidade, a expressão do amor concreto de Deus nas mais variadas situações de sofrimento e de indigência. A Carta termina, como começou, recordando o convite de Jesus a Pedro no episódio da pesca milagrosa: Duc in altum! A Porta Santa fecha-se, mas continua ainda mais aberta a "porta viva" que aquela simboliza: Jesus Cristo. Não é a um dia-a-dia cinzento que a Igreja regressa depois do entusiasmo jubilar; mas, ao contrário, espera-a um novo impulso apostólico, animado e sustentado pela confiança na presença de Cristo e na força do Espírito.




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