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Nota Pastoral do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa - "Fome em Angola, Urgência de Caridade"
2002-10-04 21:52:48

Há situações em que a caridade é urgente, quando irmãos nossos estão mergulhados no sofrimento e em perigo de vida. Nesses casos a urgência da caridade não nos deixa, sequer, o tempo de fazer análises da situação, quais as suas causas e que soluções a médio e longo prazo terão de se encontrar. Antes disso é preciso socorrer os nossos irmãos.

É, neste momento, o caso de Angola. Terminadas as hostilidades militares, veio ao de cima, com toda a sua gravidade, o drama humanitário. Populações deslocadas por causa da guerra, impossibilidade de cultivar os campos, penúria dos bens mais elementares à sobrevivência, põem milhares de pessoas, entre as quais os idosos e as crianças, perante a ameaça da morte pela fome.

Sabemos que Angola é um país rico, que há muita gente com muito dinheiro, que é urgente reorganizar a sociedade em ordem à solução destes problemas. Mas agora não há tempo de ficarmos a analisar essas questões. É preciso agir urgentemente para que menos pessoas morram de fome.

Graças a Deus várias organizações humanitárias estão a promover campanhas com o mesmo fim, como a Cruz Vermelha Portuguesa e a Oikos. A pedido da Caritas de Angola, organismo da Conferência Episcopal de Angola, a Conferência Episcopal Portuguesa, através da Caritas Portuguesa, vai lançar durante o mês de Outubro, junto das comunidades cristãs, uma campanha de donativos com esse fim, intitulada precisamente "Fome em Angola, Urgência de Caridade".

Dada a gravidade da situação, não é aconselhável fazer a recolha de produtos. Estes serão adquiridos em grandes quantidades, seguindo as orientações da Caritas de Angola. Os donativos devem, pois, ser feitos em dinheiro.

A campanha será organizada em plano diocesano, através das caritas diocesanas, com o dinamismo que cada bispo diocesano queira imprimir-lhe. O resultado final será todo canalizado para a Caritas Portuguesa, que o entregará à Caritas de Angola, entidade capaz de garantir que os nossos donativos chegam aos seus destinatários.

O Conselho Permanente da CEP achou por bem não comprometer obrigatoriamente com esta campanha, nenhum ofertório das celebrações dominicais, mas em cada diocese os bispos diocesanos poderão fazê-lo. É preciso encontrar formas fáceis para os cristãos poderem participar. Pedimos aos meios de comunicação social, particularmente aos da Igreja, que colaborem nesta campanha.

A recolha de donativos processar-se-á durante todo o mês de Outubro. Mês do Rosário, aconselha-nos a acompanhar a nossa partilha de bens com a oração, pedindo a Deus, por intercessão de Nossa Senhora, a consolidação da paz em Angola.

Lisboa, 23 de Setembro de 2002

Fonte Ecclesia

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