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Planos Diocesanos nem sempre chegam às paróquias
2002-10-01 22:05:25

Da diocese para a paróquia, da paróquia para os leigos, os Planos Pastorais Diocesanos levam as linhas mestras e objectivos gerais aos Planos Pastorais Paroquiais.

Um pouco por todas as dioceses de Portugal, cada ano pastoral arranca com uma reunião entre a hierarquia diocesana e os responsáveis pastorais de cada paróquia para apresentação de cada plano pastoral, inseridos, usualmente, em planos mais alargados de vários anos.

Em Évora, o Plano Pastoral diocesano é apresentado e enviado para as paróquias, nas Assembleias Diocesanas que se realizam anualmente. “Possuindo linhas gerais e algumas propostas de acção”, o Cónego Manuel Barros admitiu que “por norma há uma larga percentagem para quem o Plano Pastoral diocesano serve para elaborar o plano paroquial”. De acordo com o Vigário Episcopal da Pastoral, “as acções propostas para implementação local também são normalmente cumpridas”.
Em Coimbra, os Planos Pastorais Diocesanos, “elaborados pelo Bispo depois de escutar objectivos pretendidos e necessários”, são igualmente apresentados em Assembleia com os responsáveis paroquiais de pastoral. “Cada paróquia terá depois que torná-los presentes”, explicou o Cónego João Lavrador. Da Cúria Diocesana, explicou o Pró-Vigário Geral, são depois “enviados cadernos de apoio para a implementação do plano diocesano”.

Para o pároco de S. José, na cidade de Coimbra, “há coordenadas – do Plano Diocesano – que nos ajudam a sentir mais à vontade na persecução de objectivos”. “É bom saber que paróquias ao lado trabalham no mesmo sentido”, explicou. Segundo o Pe. João Castelhano existe ainda a preocupação de “estar com atenção ao que possa ser acção conjunta e coordenada da diocese”.
Já o pároco das aldeias de Seixo da Beira, Ervedal da Beira e Póvoa de Midões, referiu que “cada paróquia terá de adaptar o Plano Diocesano à sua realidade”. Ainda assim, este deverá ter influência no plano paroquial, quanto mais não seja na definição de prioridades. O Pe. Luis Miguel Costa considerou, por isso, o Plano Pastoral Diocesano, “cada vez mais como um bom instrumento porque temos que saber para onde vamos e como vamos”.
Na aldeia alentejana de Mourão, o Pe. Inácio Branco encarou o Plano Diocesano apenas “como mais um incentivo, através da temática e das reuniões ao longo do ano”. Reconheceu que se trata de “uma questão de uniformização com o trabalho da diocese” mas admitiu que, na sua paróquia, “o plano pastoral apoia-se mais nas organizações e movimentos” que ali actuam.

“O plano paroquial está, de facto, inserido no plano diocesano”, afirmou o pároco de S. Mamede, na cidade de Évora. “A paróquia procura participar, a vários níveis, em acções diocesanas” e “as propostas do plano diocesano são levadas para o Conselho Pastoral paroquial”, explicou o Pe. António Marques.
Comum a todas estas paróquias, a realidade de as linhas e até mesmo a própria existência dos planos pastorais paroquiais, e mais ainda dos diocesanos, serem desconhecidos da maioria dos leigos. Fogem à regra todos os de alguma forma directamente envolvidos na sua concretização; normalmente responsáveis de catequeses, grupos de jovens, movimentos laicais ou obras sociais.

Fonte Ecclesia

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