paroquias.org
 

Notícias






Obra social do Opus Dei
2002-09-26 21:47:06

Para falar da obra social do Opus Dei, Philippe Riberre, autor do audiovisual “Semeadores de paz e de alegria” escolheu oito rostos: Jean, professora norte-americana e Ronald, pai de uma adolescente que frequenta Rosedale, no Bronx; Nora, que em Montevideo criou o CADI, com creche, formação profissional e consultas de tipo jurídico, médico e de assistência social e Laura, aluna de carpintaria; Louis-Marie, médico, que dirige em Kinshasa o hospital Monkole e Nene, mãe de um bébé doente; Juan Manuel e Raúl, professor do ensino básico e aluno do secundário, de Tajamar, em Madrid.

Referir-se às consequências sociais da actividade do Opus Dei remete-nos para o seu núcleo: santificar-se no trabalho quotidiano. Desde 1928, Josemaría Escrivá, seu Fundador, recordou a verdade evangélica de que toda a actividade humana pode ser ocasião de amor a Deus e serviço aos outros.

E porque no trabalho não se vê apenas a sua realidade económica, mas o serviço que o caracteriza, essa atitude traduz-se também em que, com palavras suas, «um homem que não reaja perante as tribulações ou as injustiças e não se esforce por as aliviar, não é um homem ou uma sociedade à medida do coração de Cristo».
Mas o Fundador do Opus Dei não quis cortar as asas das possibilidades que se iriam encontrar, ao longo dos tempos e dos lugares.

Na linha de que para matar a fome a alguém, é mais importante ensiná-lo a pescar do que dar-lhe um peixe, abundam os centros educativos e de formação profissional: CEFIM, em La Paz, com jovens indígenas que aprendem a não perder a riqueza da sua cultura oral, ganhando a alfabetização de que também necessitam; Dagatan, nas Filipinas; Las Gravileas, na Guatemala, o ITT na Nigéria...
Outra boa parte refere-se a cuidados em hospitais, centros de saúde.

Monkole, já referido, é um centro médico em Kinshasa que atende por ano 30.000 doentes. Desses, 15% não pagam nada, por serem de escassos recursos.
Em subúrbios de grandes cidades como Londres, Chicago ou S. Paulo, Baytree, Midtown, Pedreira, Morro Velho são nomes familiares. O desafio aí é o de conseguir que os habitantes ultrapassem a marginalidade, os problemas de droga, desemprego e violência.
No Porto, surgiu nos anos 70 Criança e Vida, para dar resposta de apoio escolar às crianças da Ribeira que ficavam na rua durante todo o dia. Teresa Resende e Filomena Rodrigues meteram mãos à obra e fundaram o CEV.

Em Lisboa, desde 1990, Paula Pimentel e Javier Calderón decidiram dar corpo à Emergência Social, associação que promove a integração social de moradores de bairros degradados da cidade e arredores. Estão convictos de que, em situações de pobreza, se pode inverter a atitude do carenciado. Acreditam que, um a um, pela conversa amiga e pelo desporto, podem desenvolver a sua responsabilidade, dar sentido à sua vida para lutar para sair da sua situação, trazer ao de cima as suas capacidades.

A Canonização de Josemaría Escrivá no próximo dia 6 de Outubro estimulou outro projecto: o Harambee 2002. No Quénia, em língua swahili, chama-se Harambee ao grito de “Todos juntos”. Foi sugerido a cada peregrino, que se deslocará a Roma nessa data, a entrega de um donativo para promover projectos edu-cativos em África. É apresentado, como um exemplo do que se pretende, o Kimlea Technical Training Centre, de Nairobi, já com 10 anos de existência, onde se ensinam técnicas de agricultura, apicultura e cunicultura. Mais de 1.500 pessoas passaram por estes cursos. Pouco depois, a acção do Centro alargou-se à mulher rural de Kiambú.

Através do Outreach Programme, as professoras de Kimlea deslocam-se para alfabetizar essas populações, ensinar contabilidade e outros conhecimentos básicos. Agora, fazem sozinhas as contas de multiplicar de que precisam: sendo cada quilo de chá pago a dois xelins na moeda local, para sustentar a família tem que se chegar a apanhar 40 ou 70 Kg diários. É tarefa das professoras de Kimlea mostrar outras possíveis alternativas de subsistência, como cozinha, costura, cultivo de hortaliças.
A história de Joyce, que montando o seu próprio negócio, já conseguiu mandar duas filhas para a escola secundária, é estímulo para estes novos projectos.

Ana Amaral
Gabinete de Informação Opus Dei


Fonte Ecclesia

voltar

Enviar a um amigo

Imprimir notícia