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ISCRA - uma escola de formação cristã
2002-09-10 13:34:08

Embora a vida e a missão nos tenham já arrastado para uma multiplicidade de tarefas diferentes, ainda ressoa aos nossos ouvidos a tónica deste ano pastoral na nossa diocese — a formação cristã — que continua a ser o pano de fundo de todas as nossas preocupações pastorais. Tudo nos aponta para a urgência de estarmos em permanente atitude de formação e de colaborarmos activamente na formação cristã daqueles e daquelas a quem o Senhor nos envia, utilizando, para isso, todos os meios e formas com que a pedagogia da fé está enriquecida.

Gostaria de falar, hoje, sobre uma vertente de formação cristã que o ISCRA desenvolve. Todos conhecemos sobejamente esta escola, o que talvez não saibamos é o serviço que presta, neste momento, não só, nem em primeiro lugar, aos diocesanos de Aveiro, mas a mais quinze dioceses do país: Beja, Braga, Bragança, Coimbra, Évora, Funchal, Guarda, Lamego, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal e Viseu. Poderíamos dizer que é uma Escola aberta às necessidades de formação cristã, sentidas por muitos leigos, leigas e religiosas do nosso país.

Este facto deve-se à grande divulgação dos Cursos de Teologia a Distância, que o ISCRA há anos vem ministrando, como Centro Associado do Instituto Internacional de Teologia a Distância de Madrid. Estes cursos foram, nestes dois últimos anos, ampliados e actualizados, com a abertura do Plano de Formação Sistemática (PFS). Além disso, no ano lectivo transacto, o ISCRA celebrou um convénio com o Instituto Superior de Ciências Religiosas a Distância de Madrid, patrocinado pela Pontifícia Universidade de Comillas, o que nos autorizou a iniciarmos uma Licenciatura neste âmbito, que, além de uma formação cristã específica para leigos, leigas e religiosas, confere uma dupla especialização: em Pastoral Catequética e em Ensino Religioso Escolar.

A Comissão Directiva do ISCRA, com a colaboração do nosso Bispo, executou, durante o ano passado, um plano de divulgação destes Cursos nas dioceses do centro do país. Mas, como a obra é de Deus, Ele se encarregou de nos fazer atingir objectivos com que não contávamos. A Comunicação Social, desde as mais conceituadas agências noticiosas e jornais nacionais, até à imprensa e rádios regionais, fizeram-se eco desta boa notícia: uma Licenciatura a Distância! Uma Licenciatura em Ciências Religiosas! É a primeira no país, como sabemos, e, por isso, fez notícia. Desta rede de informação resultaram 55 inscrições no 1º ano de Licenciatura, provenientes de treze das dioceses acima descritas, que vieram juntar-se aos cinco alunos que passaram para o 2º ano. E, não tivéssemos nós encerrado as inscrições no dia 30 de Setembro, contávamos com mais dezasseis inscrições este ano, que são as da lista de espera. O PFS também foi muito apreciado a nível nacional, pois nele se inscreveram leigos, leigas e religiosas de catorze das dioceses acima enunciadas, sendo digno de nota o caso de Viseu. Esta diocese, que tinha já escolas arciprestais de formação cristã a funcionar, adoptou, para as que quiseram aderir, o PFS, no qual estão inscritos cerca de 200 alunos. Entretanto, a zona de Vila Nova de Foz Coa, da diocese de Lamego prepara-se, também, para iniciar em Janeiro o PFS nos arciprestados que dele queiram desfrutar para a formação cristã.

Para terminar, permitam-me que forneça alguns pormenores, que fizeram notícia: entre os alunos inscritos na Teologia a Distância, encontram-se muitas religiosas de clausura (carmelitas, clarissas, visitandinas); dos 55 alunos inscritos no 1º ano de Licenciatura, cerca de 42% são detentores de uma ou duas licenciaturas, 31% possuem o bacharelato ou equivalente e os restantes têm o mínimo exigido, que é o exame de acesso ao ensino superior; entre estes alunos encontram-se quatro casais completos (esposa e marido), três provenientes de Lisboa e um da Guarda.

Este movimento de leigos, leigas e religiosas e, ainda, de alguns candidatos ao diaconado permanente, à procura de formação cristã é, no nosso tempo e na nossa Igreja, um sinal vivo de esperança, que surpreende, certamente, muitos profetas da desgraça.

por Deolinda Serralheiro
in Correio do Vouga


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