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Senhora do Cabo ilumina Cascais
2002-09-22 10:40:34

É uma das mais antigas tradições e uma das cerimónias religiosas mais participadas do concelho de Cascais. Nossa Senhora do Cabo chegou a Cascais. ontem à noite. Um regresso que acontece apenas de 50 em 50 anos e que foi assinalado com devoção pela residentes na vila.
Durante o próximo ano, a imagem peregrina de Nossa Senhora do Cabo vai ficar na vila piscatória, onde as gentes do mar lhe dedicam grande devoção.


A procissão que acompanhou Nossa Senhora do Cabo até Cascais partiu da igreja paroquial da Ajuda, em Lisboa, após a realização da eucarístia das 17 horas, onde a Senhora esteve no último ano.
A apoteose deu-se no Largo da Câmara, com centenas de fiéis a render-lhe louvores. Após as cerimónias de recepção da Senhora do Cabo, realizou-se uma procissão para a igreja paroquial de Cascais. António Capucho, presidente da Câmara, recebeu a vara de prata
, que transportou na procissão, na qualidade de juiz presidente.
"É um momento único para muitas pessoas e, por isso, esta é sempre uma procissão que conta com muita gente", lembrou, ao JN, o padre Raul, pároco da freguesia. A viatura onde foi transportada a imagem de Nossa Senhora do Cabo também foi escolhida a preceito:
um carro de colecção dos Bombeiros Voluntários de Cascais, que, tal como a Santa, mas numa outra perspectiva, também têm por missão ajudar a proteger vidas.

Em busca da luz
Durante o período de permanência na paróquia de Cascais, a Senhora do Cabo será objecto de várias procissões, que terão lugar em todas as capelas do concelho.
É bom lembrar que, 50 anos depois, Nossa Senhora do Cabo está de regresso ao concelho onde nasceu o seu culto, que remonta ao século XV.
"Existiam relatos que davam conta que a Santa terá aparecido a um idoso de Alcabideche e que, atraído por uma luz forte, foi conduzido até ao Cabo Espichel. No caminho, pernoitou na Caparica, em casa de uma mulher que se comprometeu a levá-lo, na manhã segui
nte, ao local de onde provinha a luz. De madrugada, a mulher decidiu dirigir-se ao local sem a companhia do velho de Alcabideche. Mais tarde, quando este chega ao local, vê a mulher a venerar a Santa. Os devotos foram aumentando, dando origem, em 1606, à confraria de Nossa Senhora do Cabo", lembrou o Padre Raul, acrescentando que os devotos passaram a ter obrigação de dar um bodo aos pobres.
Recebida anualmente por uma das 50 freguesias que lhe rendem culto, ali permanece durante 365 dias.

Fonte JN

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