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Religião e Moral - o regresso dos fantasmas
2002-09-17 21:00:17

Os preconceitos são como os vírus: entram rapidamente, instalam-se no seu recanto confortável e levam muito tempo a sair. Há dezenas de temas humanos, políticos e mesmo religiosos, onde o esquema se repete sem sinal de remédio. Remédio há sempre, mas só eficaz quando acompanhado de uma forte dose de paciência e perseverança.

Um exemplo apenas, que tem a ver com este recomeço de ano escolar: as aulas de Educação Moral e Religiosa. Há mais de trinta anos que se procura oferecer uma nova imagem desta disciplina. Alteraram-se os conteúdos temáticos e os métodos pedagógicos. Investiu-se na preparação de professores, na tentativa de os habilitar com um curso que os equiparasse aos outros profissionais, num esforço aturado de formação contínua e constante actualização, face aos novos desafios culturais e pastorais.

Mais de oitenta por cento dos alunos do 1º ciclo do ensino básico, inscreve-se, por opção, nas aulas de Educação Moral e Religiosa Católica. As inscrições foram padecendo diversos aperfeiçoamentos sempre na melhoria do respeito pela liberdade dos alunos e dos pais.
Entretanto, com a mudança frenética de governos, a disciplina foi sofrendo os solavancos e arremessos das tendências políticas que, tantas vezes, baseadas nos mesmos preconceitos, remeteram a aula para recantos discriminatórios que, na prática, tendiam a liquidar a informação e formação moral e religiosa.

Não resta a mais pequena dúvida sobre o direito de todas as Confissões Religiosas, legalmente presentes em Portugal, desenvolverem, com a mesma liberdade, esta actividade, quanto a Igreja Católica. Isso está contemplado na lei.

Mas os preconceitos continuam. Abrimos o rádio ou a televisão e escutamos pseudo – peritos a vociferarem velhos slogans já desaparecidos – isso sim – antes do 25 de Abril. Por exemplo, na recente inclusão da Aula de Moral dentro das 25 horas curriculares do I Ciclo do Ensino Básico. Como é possível ignorar que se trata apenas da reposição do que vigorava até Janeiro de 2001?
Cremos que desta vez o atrevimento não provém da ignorância.

António Rego

Fonte Ecclesia

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