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Papa foi espiado enquanto bispo
2002-08-25 11:27:53

Um padre das mais altas esferas da diocese de Cracóvia era agente da polícia política comunista e vigiava Karol Wojtyla quando ele era bispo naquela cidade.

A informação surge publicada no mais recente boletim do Instituto da Memória Nacional polaco (IPN) e baseia-se nos arquivos da polícia política comunista.
Marek Lasota, historiador do IPN e autor destas investigações, não revela a identidade do sacerdote que espiou o bispo Karol Wojtyla e o então primaz da Polónia, cardeal Stefan Wyszynski.

Falecido nos fins dos anos 60, o espião de Wojtyla ocupava posição de relevo na diocese de Cracóvia e terá sido a sua ambição que o levou a trabalhar para a polícia política comunista.
Segundo Lasota, o sacerdote estava convencido que seria nomeado bispo. Ao ser escolhido Karol Wojtyla, viu os seus projectos frustrados, o que fez dele um dos principais espiões do futuro Papa.

O seu trabalho não começou, contudo, com a nomeação episcopal de Wojtyla, em 1958, mas como colaborador dos serviços secretos comunistas, em 1948 e até 1956, com o pseudónimo Zagielowski, tendo escrito relatórios regulares, principalmente com informações sobre o primaz Wyszynski, cardeal arcebispo de Varsóvia.
Para o IV Departamento do Ministério do Interior comunista, criado para a perseguição à Igreja Católica, este agente "não era o único, mas por certo o mais valioso do ponto de vista operacional", sublinha Lasota. "É também o agente mais altamente colocado na estrutura eclesiástica entre os até agora conhecidos", acrescenta o historiador do IPN.
Ordenado sacerdote ainda antes da guerra, durante a ocupação nazi foi preso pelos alemães num campo de concentração. Para Lasota é possível que tenha então "quebrado moralmente", tornando-se depois alvo fácil de chantagem.

Fonte DN

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