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Fiéis recusam adeus sentido do Papa
2002-08-19 21:17:24

Quando João Paulo II proferiu a palavra "adeus", parecia que os céus de Cracóvia, na Polónia, se uniam aos mais de dois milhões de pessoas que o ouviam. "Adeus, gostava de dizer que nos vamos ver brevemente, mas está tudo nas mãos de Deus".

As palavras terão percorrido como um arrepio a alma dos fiéis, que em uníssono responderam ao Papa. "Fica connosco. Esperamos por ti", repetia uma multidão quase em desespero, como se de repente sentisse a dor da perda definitiva de um homem que tem resistido às doenças e à resignação, tantas vezes anunciada na Imprensa.
Emocionado, João Paulo II, com 82 anos, afectado pela doença de Parkinson e com sequelas do atentado de que foi alvo, em 1981, não se coibiu de mostrar, durante a maior missa celebrada na sua terra natal, que está consciente do seu debilitado estado de saúde. Foi aí, na hora do adeus, depois do apelo lancinante da multidão ("Fica connosco. Esperamos-te em Wadovice" – terra onde nasceu, no sudoeste da Cracóvia), que o Papa respondeu: "Estão a querer convencer-me a desertar de Roma". Um diálogo de duplo sentido, que comoveu ainda mais os fiéis. No ar, pairavam também os rumores, desmentidos pelo Vaticano, que anunciavam a sua demissão na Polónia, para aí passar o resto dos seus dias. A celebração terminou quando foi entoado, pela multidão, o canto religioso "A barca", hino dos jovens católicos polacos, o mesmo que o Papa tinha ouvido quando, há 23 anos, deixara a Polónia.

Fonte JN

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