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Religião Cresce nos Países Islâmicos e Desce nos Católicos 2002-08-16 16:28:24 A importância que as sociedades dão a Deus está a descer na Europa católica e protestante e na Índia, e a subir nos países islâmicos, anglo-saxónicos, América Latina e Japão, concluiu a Sondagem Mundial sobre Valores e Análises Sociológicas, Económicas e Políticas.
O estudo, realizado em 80 países - foram inquiridas 80 mil pessoas -, incluiu pela primeira vez os países islâmicos. Apesar de o trabalho não estar ainda concluído, os dados provisórios foram apresentados esta semana em Madrid, pelo que já é possível comparar os números agora obtidos com os do último estudo, datado de 1995 (ver gráfico ao lado).
A sondagem revela que Deus é mais importante em zonas que atravessam mudanças profundas, como o mundo islâmico, a América Latina e África. Os anglo-saxónicos surgem como que deslocados neste grupo, porque contrariam a tendência do grupo socioeconómico e geográfico a que pertencem. "Há muito que eles usam este dado para justificar as suas opções de política internacional", explicou ao diário espanhol "El Pais" o catedrático de Sociologia da Universidade Complutense, Juan Díez Nicolás.
A sondagem mostra que as mulheres estão cada vez mais equiparadas aos homens em matéria de responsabilidade. E diz que quando os países ocidentais rejeitam o mundo islâmico, isso é mais devido ao papel que é ali atribuído às mulheres do que à própria religião.
O inquérito não é apenas sobre religião. Tem um indicador sobre grau de satisfação que concluiu que a riqueza e o bem-estar não significam maior satisfação - só assim se entende que o nível da América Latina seja semelhante ao do mundo anglo-saxónico, ou que o de África seja elevado. "Quando o país está mal, as pessoas pensam que estão melhores que o país, e ao contrário", explicou a directora do Latinobarómetro, Marta Lagos.
A felicidade também não está associada a rendimentos - o que explica que tenha havido uma subida neste indicador em África. Isto porque a globalização faz expectativas de bem-estar que, quando não são conseguidas, geram frustração.
Fonte Público
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