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S. Domingos conserva fiéis do antigamente
2002-08-14 10:11:48

Joaquim Moreira vende velas na Igreja de São Domingos, situada no largo do mesmo nome, à Baixa lisboeta, há cerca de 11 anos. Apesar de a igreja ter sido devorada pelas chamas fez ontem 43 anos, Joaquim Moreira considera-a "bonita" e garante que "as pessoas já estão habituadas ao ambiente".

Muitas pessoas gostam da igreja assim como está e os "jovens arquitectos que por aqui passam para estudar a sua recuperação dizem preferir deixá-la assim", contou ao JN.
Os visitantes habituais e até os turistas continuam a entrar nesta igreja e não se surpreendem com o seu aspecto interior. Em muitos casos, até gostam do estado de semi-ruína em que se encontra. Depois do incêndio, ficou muito degradada. Chovia lá dentro e foram necessárias várias intervenções para a recuperar. No entanto, o culto foi interrompido por muito pouco tempo.
Apesar de todos os esforços, a Igreja de São Domingos tem um aspecto muito diferente do que tinha, apenas a estrutura do edifício se manteve intacta. Para a recuperação do tecto foram necessários "alguns milhares de contos", comenta Joaquim Moreira.
Maria de Jesus conheceu a igreja antes do acidente: "O tecto tinha outro aspecto, com pinturas agradáveis, era uma igreja onde dava gosto entrar", relembra Maria de Jesus. Agora "está totalmente diferente, está mais aproximado, mas é impossível recuperá-lo na totalidade", salientou. Quando passa junto à porta, Maria de Jesus não resiste e, nem que seja por pouco tempo, entra nesta igreja lisboeta, apesar de considerar que "está muito escura".
Com quase oito séculos de existência, a Igreja de São Domingos está repleta de história. O terramoto de 1755 não abalou este monumento, mas em contrapartida o incêndio de 1959 destruiu o que tinha de mais belo. Foi há 43 anos, mas os vestígios do fogo continuama encher a igreja de memórias. O pavimento e as colunas deste espaço de culto estão muito degradados, apenas o tecto e as paredes foram compostos, apesar de não terem o aspecto original.

Fonte JN

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