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Papa prepara-se para canonizar o primeiro indígena mexicano
2002-07-28 11:31:43

Na próxima quarta-feira, a canonização pelo Papa, ao fim de 400 anos, do primeiro indígena mexicano _ o índio Juan Diego _ homenageará um povo inteiro, negligenciado e desprotegido, apesar de representar mais de 12% dos cem milhões de habitantes do México.

Está previsto que João Paulo II deixe amanhã o Canadá, com rumo à Guatemala e ao México, dando cumprimento ao programa desta viagem de 15 mil quilómetros, que iniciou na terça-feira passada, em Roma.
Nestes três países, a visita apostólica está reduzida ao essencial, a começar pelos 11 discursos (número bastante inferior à média das alocuções proferidas no passado) que foram programados.

Milhares de jovens
Ontem, à hora do fecho desta edição, mais de 200 mil jovens de 173 países aguardavam, em Toronto, a chegada de João Paulo II a Downsview Park, para com ele participarem em duas horas de vigília de oração. A chegada do chefe da Igreja Católica, viajando de helicóptero e em "papamóvel", estava prevista para as 18.45 horas locais (cerca da meia-noite em Portugal). Será a este mesmo local que João Paulo II regressa esta manhã, às 8.45 horas, para celebrar uma missa e proferir uma homilia, que encerrarão a XVII Jornada Mundial da Juventude.
Foi João Paulo II quem criou as jornadas mundiais da juventude (JMJ), cuja primeira edição, fora de Roma, decorreu em Buenos Aires (Argentina), em 1987, reunindo 300 mil jovens. Este número duplicou em Santiago de Compostela (Espanha), em Agosto de 1989. Surpreendidos pela multidão, os jornalistas chamaram então às JMJ um "Woodstock de fé cristã", comparando-as ao famoso festival rock norte-americano de 1969. Estava-se à beira da queda do muro de Berlim e os debates faziam-se em torno da fragilidade de ideologias seculares e do "sentido da vida" para os jovens europeus.
O gigantisno das JMJ começou em Czestochowa (santuário mariano, na Polónia, caro a João Paulo II), onde acorreu um milhão de participantes de cem países. Em Janeiro de 1995, em Manilla (Filipinas), mais de três milhões de jovens rodearam o Papa. Foi o recorde absoluto. O êxito crescente das JMJ estava então associado à personalidade de João Paulo II.
Henri Tincq, especialista nesta matéria, fazia notar esta semana no diário francês "Le Monde", que não podem ser, só, a debilidade e o envelhecimento do Papa as únicas razões para Toronto ter reunido apenas 250 mil jovens: "A fraca participação dos americanos está relacionada com a perda de credibilidade da Igreja Católica, nos Estados Unidos e no Canadá, abalados pelos escândalos dos padres pedófilos".

Santos e beatos
Os jornais "Sun" e "Star", de Toronto, admitiam que, hoje, possam juntar-se à celebração da missa papal cerca de um milhão de fiéis.
Depois de amanhã, na Guatemala, João Paulo II proclamará santo Pedro Betancurt, frade espanhol que andou a pregar o Evangelho na América Latina, no século XVII.
Dias depois, no México, proclamará também a beatificação de João Baptista e de Jacinto de los Angeles, mortos no século XVIII por defenderem a fé católica.

Fonte JN

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