paroquias.org
 

Notícias






Concorda com a excomunhão das sete mulheres?
2002-07-22 14:13:52

Várias as opiniões:

M. J. Sande Lemos (Nós Somos Igreja)

Defendendo desde há muito o direito de as mulheres acederem ao sacramento da ordem, admiro a coragem destas mulheres que, sentindo um chamamento genuíno ao sacerdócio, arriscaram esta tomada de posição verdadeiramente profético que me faz lembrar Galileu e Lutero, condenados pela hierarquia católica. Quando 70 % dos católicos apoiam a ordenação de mulheres, é preciso que o Vaticano saiba ouvir o Espírito Santo que ilumina todo o Povo de Deus.

M. L. Pintasilgo (Associação Graal)

A excomunhão há muito que não é referida, nem mesmo para os recentes casos de pedofilia tão falados. De todos os modos, penso que a ordenação de mulheres requer o conhecimento do que é a tradição da Igreja e, neste caso, parece-me tratar-se de uma auto-exclusão. Embora o aggiornamento seja necessário, não considero o sacerdócio feminino uma prioridade. Prioridade é o reconhecimento de todos os ministérios que as mulheres exercem e sempre exerceram na Igreja.

Carreira das Neves (teólogo)

Penso que se trata de uma questão de civilização em que a identidade - moral, religiosa, etc. - está desvanecida. Neste aspecto, a Igreja deve tomar medidas para defesa da sua própria identidade. Depois, não concordo com o modo como aconteceram as ordenações. O assunto pode ser debatido, mas não desta maneira. A excomunhão está referida no Evangelho de S. Mateus. Considero, por isso que, em prol da sua identidade, a Igreja assumiu uma atitude evangélica.

Aura Miguel (jornalista)

Compreendo a decisão do cardeal Joseph Ratzinger tendo em conta que, livremente, as mulheres ordenadas desobedeceram a indicações que são muito claras na Igreja Católica. Certamente que todos nós recordamos o que há um ano se passou com o arcebispo Millingo: tendo assumido atitudes de gravidade semelhante - também passíveis de

excomunhão - a Igreja deu-lhe um prazo para reflectir sobre o assunto e ele, como se sabe, retratou-se.

José Maia (sacerdote)

Acho um pouco estranho que se pense excomungar. Quem aceita exercer funções e responsabilidades daquela natureza já não está em comunhão com a Igreja.

Fonte DN

voltar

Enviar a um amigo

Imprimir notícia