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Pacto Social vem a caminho
2002-07-19 22:11:59

Um Pacto Social para a Imigração, onde todos os parceiros possam intervir” vai ser um dos objectivos do Pe. António Vaz Pinto, como Alto Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas. Após tomar posse do cargo, dia 19 de Julho, no Palácio em Foz, em Lisboa, adiantou, em declarações aos jornalistas, que “o mês de Agosto será para estudar os dossiers” e que, em Setembro, começará a preparar o referido Pacto Social.


Na presença do Primeiro Ministro de outros membros do Governo, de representantes de várias instituições e organizações e de vários amigos, o Pe. Vaz Pinto garantiu, no seu discurso de tomada de posse, que irá lutar “pelos valores da solidariedade, justiça e fraternidade para que a dignidade humana faça cada vez mais parte da nossa sociedade”. Para isso, adiantou, conta aplicar “uma política transversal”, acumulando e integrando vários ministérios do Executivo na responsabilização de alcançar aquela meta.


Como objectivo geral para a sua missão, definiu a implementação de “uma verdadeira política de acolhimento e integração que não seja irresponsavelmente de portas escancaradas, nem com fortalezas intransponíveis, mas de criação de pontes entre os povos”.
Isto mesmo reiterou Durão Barroso ao explicar que “o Governo rejeita as ideias de facilitismo e de descontrolo, pretensamente generosas, mas que conduzem à miséria”, salientando que “é uma irresponsabilidade sustentar que Portugal pode acolher todos os que querem vir para cá”.
O Primeiro Ministro explicou que quer “um Portugal aberto” mas que deseja “acolher bem”, sendo isto apenas possível “na medida das nossas possibilidades” e que, para isso, procurar-se-á também “o reagrupamento familiar” dos imigrantes. Dirigindo-se a quem eventualmente mais adepto de fronteiras fechadas, o Primeiro Ministro frisou que “Portugal não se pode construir pela exclusão e pelo sectarismo” e recordou que a imigração “é um problema de todos”.


Durão Barroso informou ainda que “o Governo dará meios adequados para a missão do Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas”. Novos meios que o Pe. António Vaz Pinto, em declarações aos jornalistas, afirmou esperar vir a ter, considerando ser este o fruto de “uma maior consciência social que existe hoje para a questão da imigração”.


Novos meios que passam, desde logo, pela passagem da existência de um Alto Comissário para a existência de um Alto Comissariado que, adiantou o Pe. Vaz Pinto, “terá dois pólos: um em Lisboa e outro no Porto”, onde permanecerá o sacerdote jesuíta.

Comentando, a pedido dos jornalistas, as declarações de D. Januário Torgal Ferreira em que este afirmava parecer que “cada Governo tem o seu padre”, o Pe. António Vaz Pinto afirmou “não ver que um cargo destes seja político-partidário; mal vai o país onde todos são partidários”. Referindo-se aos “trejeitos de um regime de cristandade”, apontados pelo Presidente da Comissão Episcopal das Migrações e Turismo, o Alto Comissário recordou que D. Januário Torgal Ferreira “é também Bispo Castrense (das Forças Armadas e de Segurança), estando talvez, por isso, em situação de maior intimidade com o Governo”. Ainda assim, o Pe. Vaz Pinto salientou não perceber “porque é que o facto de ser padre” o “deveria impedir de aceitar um cargo para fazer bem aos outros”.


Fonte Ecclesia

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